7.7.10

O fim da festa

O Eng. (?) Sócrates veio avisar, ligeiramente furibundo, que não contam com ele, nem com o PS para introduzir o “neoliberalismo na nossa Constituição”. O repto, lançado no fim de umas patéticas jornadas parlamentares, tinha como alvo o PSD do Dr. Pedro, acusado de intenções diabólicas variadas para com o documento. Curiosamente, o país nunca conheceu o verdadeiro espírito liberal, nem imagina o que seja, pelo que continua na senda do Estado omnipresente e omnipotente, um bom jacobinismo, alimentado por políticos que vêem no Estado a solução para todos os problemas. O simples cidadão, que troca amavelmente a sua liberdade por uma segurança inexistente e que gosta de ser tratado como atrasado mental incapaz de decidir e de escolher, por enquanto ri e canta rumo ao abismo e, provavelmente, aplaude o evidente epitáfio nacional. No fim da festa, quando vier a conta, chegaremos à conclusão que perdemos todos. Mas também, no fim da festa, quando vier a conta, nenhum destes políticos de treta, estará cá para se responsabilizar pelo desatre.