15.4.05

Fiquem lá com António Guterres

Quando Durão Barroso se fez à presidência da União Europeia o cargo não era de grande relevância nem de grande prestígio para Portugal, diziam os socialistas e demais esquerdistas há poucos meses. Todos sabemos o que esta “chefia” vale na prática, mas mesmo assim é melhor ter um português a “mandar” em Bruxelas do que ter centenas de portuguesas e portugueses a limparem as sanitas do edifício do parlamento europeu. Como, presumo, deve haver.

Quis agora o destino que um socialista integrasse uma lista restrita de oito nomes para a presidência do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados. E de quem se foram lembrar, justamente de António Guterres. Sinceramente, até acho muito bem que vá, e que não volte. Porque lá (não sei bem onde é) a nossa última desgraça política depois do 25 de Abril vai poder demonstrar ao mundo que para se chegar alto é preciso fazer pouco mais do que nada.

Como está bom de ver, os conflitos e as guerras em África, na Ásia e na América do Sul não vão cessar nas próximas décadas. Vamos vê-lo pois, se for eleito, no ponto mais elevado da sua inércia. Fiquem lá com ele. Para sempre.

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