6.1.06

Sharon

Sharon é (foi) a prova de que em política é preciso ser-se pragmático, ter visão e saber-se muito bem o que se quer. O seu desaparecimento, temo eu, significará um retrocesso na questão do Médio Oriente, há demasiado tempo em suspenso, numa altura em que o fanatismo continua a proliferar com a conivência de muita gente que julgamos ser inteligente. Sharon representou uma esperança válida e apresentou uma solução capaz para o diferendo israelo-árabe, que convém não menosprezar nem deitar a perder.

Metido num autêntico barril de pólvora, nunca é demais relembrar aos mais distraídos (principalmente a todos aqueles que chamam, absurdamente, bombistas e suicidas aos terroristas sem escrúpulos que andam a matar crianças no Iraque, por exemplo) que Israel é o único país democrático da zona. Apenas um pormenor sempre esquecido e para muitos totalmente irrelevante.