17.8.07

Sobre (voando) o Funchal

I Round: João Cunha e Silva versus Albuquerque

Começou a guerra no PSD-Madeira, antes do previsto.
O que está a acontecer na Câmara do Funchal, é o primeiro sinal do que vai suceder nos próximos anos.

Trata-se apenas de uma tentativa de recolocação de peças, no explosivo tabuleiro Social-democrata madeirense.

Há muito que os dois ex-jotas (JSD - João Cunha e Silva e Miguel Albuquerque) declararam guerra. Um insinuou. O outro abriu o peito e mandou o adversário, político, saltar para a arena. Foi assim que tudo começou. Estávamos no longínquo e tranquilo ano de 2004.

Três anos depois, João Cunha e Silva assiste ao espectáculo do lado do público. A estratégia foi bem montada. Para já, atraiu os inimigos de estimação de Albuquerque. PS faz as despesas da corrida. Surge no pelotão da frente, ao lado dos tímidos PCP, BE e CDS. Vêem a terreno, mandam umas bocas para o ar, e regressam ao sossego da paz social.

Onde está o Vice-Presidente do Governo e do PSD? Ninguém sabe, nem o ouviu falar.

Também será interessante assistir às movimentações dentro do PSD. Quem terá “coragem” para se colocar ao lado de Albuquerque? Quem vai fugir desta guerra entre “vices”?
Até agora, só Alberto João Jardim se pronunciou. E o resto. Onde estão os tais 9 mil 999 militantes Social-Democratas madeirenses? De férias? Por razões óbvias, só Marques Mendes manifestou opinião.
Será que algum Secretário do Governo, vai ser solidário, com Albuquerque?


II Round: PS versus Albuquerque

O PS é um partido fragilizado. Nunca ganhou a Câmara do Funchal e a última tentativa foi um desastre.

Acho, por isso, piada aos socialistas. Quer dizer, ex-vereadores, porque "esqueceram-se" de cumprir uma simples formalidade. (Não entregaram a declaração de rendimentos).

Pelo facto, estão ilegais. Não podem numa situação (a deles) considerar que, cumprir a lei é uma questão menor, e perante as suspeitas de irregularidades na autarquia, apontar o dedo à Câmara. A lei deve ser sempre respeitada. (Pessoalmente, até discordo de muitas leis e da forma, estúpida, como são executadas).

Acontece que face à gravidade dos factos, é necessário ser coerente nas acções. Será que estão a ser? Na altura dos acontecimentos, (mandato 2001-05) nem faziam parte da Câmara.

Será que não competia à direcção do PS, (na ausência legal de todos os autarcas) ou, dos ex-vereadores (José António Cardoso & companhia) se pronunciar sobre o que aconteceu na Autarquia?


III Round: Opinião Pública (funchalenses) versus Albuquerque

É o mais importe dos combates. Principalmente para quem tem aspirações políticas, como é o caso de Albuquerque. Tudo depende como vai conseguir gerir o dossier “negociatas”.

Caso resista ao primeiro assalto do “delfim” Cunha e Silva, tem pernas para galopar dentro do PSD. O contrário, é o princípio do fim político de Albuquerque.