5.1.08

Zapping

Agiu mal quem autorizou a abertura de um quinto canal, de televisão em Portugal.
A questão é muito simples. O país não gera, neste momento, riqueza suficiente para um quinto projecto de televisão, concorrente da SIC, TVI, RTP (e RTP2). O destino é que uma das actuais "estações" feche. Era mais honesto e politicamente correcto o actual governo dizer que encerrava a RTP2. Dos quatro canais é o mais frágil. Durão Barroso, através de Morais Sarmento, foi mais corajoso.

Agir, assim é mau. Muito mau para os operadores que estão no mercado e para os que, não estão, mas tencionam entrar.

Na década de 90, era matemático que iriam nascer televisões regionais como cogumelos. A CNL falhou, no Porto a experiência local foi engolida pela RTP (actual RTPN) para não falar dos canais locais que nunca saíram do papel.

Agora vem este governo, a pedido não sei de quantas famílias ricas, de Portugal e do mundo, abrir uma quarta licença de televisão de sinal aberto. Não é bom para ninguém. A SIC, a TVI e a própria RTP vão ser obrigadas a dividir por mais um, o já magro orçamento da publicidade. Alguém vai pagar a factura desta má decisão.

De certeza que não vai ser quem decidiu.

4 comentários:

Rui Caetano disse...

Acho que Portugal não tem condições para ter mais um canal de TV. Ainda não entendi as reazões para esta medida.

amsf disse...

O Estado não vai criar qualquer canal, vai apenas permitir a abertura de mais um...se alguêm estiver interesado...lei da oferta e da procura...A Cofina já mostrou interesse. A Madeira também não tem "mercado" publicitário para tanto jornal no entanto eles aparecem sob os mais diversos pretextos...Deixemos o mercado funcionar.

Carlos J. Pereira disse...

Até agora os donos de outros canais reagiram contra esta decisão, o que é absolutamente normal.Estamos a falar de mais concorrência no mercado. Se existe ou não mercado para mais um canal é o mercado que deve responder e os estudos efectuados devem ter dados suficientes para avaliar essa matéria.Cabe aos proprietários serem ainda melhores e garantirem a viabilidade do negócio. Mas a verdade é que esta decisão não tem nada de anormal em termos de intervenção do estado: autoriza e controla. Não faz como o Governo Regional que intervem como empresário de comunicação social com o nosso dinheiro. Ainda por cima com o descaramento de torná-lo gratuito em prol de uma propaganda partidária e de uma pluralidade obtusa!?

MMV disse...

Não consigo entender a necessidade deste novo canal!

Agora por quem é pago pouco ou nada interessa...

O Sr. Carlos Pereira fala do Jornal da Madeira contudo olhemos para a propaganda paga pelo Governo do partido pelo que foi eleito para promover a imagem de um primeiro-ministro que pensa ser o Encoberto, tal como diria Pessoa!