10.7.08

Boa notícia para um desastre

O DN-Madeira noticiou o interesse do Grupo Pestana em investir na marina do Lugar de Baixo. A ser verdade, é uma boa notícia para aquele que foi um dos maiores cancros na Madeira Nova e da vice-presidência do Governo Regional. Se o investimento se realizar e se aquele espaço for requalificado, é uma óptima notícia.
Lamento, contudo, que a solução tenha chegado tão tarde. Lamento ainda mais que alguma vez se tenha construído tal aborto. Que não se tenham feito todos os estudos necessários para a viabilização daquela obra. E lamento que ninguém tenha sido responsabilizado por aquele desastre (não sei se acidente, se atentado).

2 comentários:

amsf disse...

É só para lembrar que há c/ de mais de 1 ano a Soc. Desenvolvimento Ponta Oeste colocou uns cartazes gigantes junto à Marina do Lugar de Baixo em que se podia ver um empreendimento imobiliário entre a estrada e a marina. O AJJ, em campanha eleitoral, referindo-e aos cartazes acusou o PS de ter impedido a finalização do empreendimento. Pelo pouco que eu sei o Tribunal Administrativo (?) terá um processo a decorrer contra essa projectada construção imobiliária por se encontrar no domínio público marítimo. Aparentemente o Governo regional incapaz de terminar o projecto original tenta vendê-lo a um privado!

Esse suposto negócio entre o Grupo Pestana e o Governo Regional terá que esperar por uma decisão da justiça! Aqui já não se trata dos elementos da natureza mas do facto de tal empreendimento estar a ser projectado em domínio público marítimo! Como se sabe as leis dos homens são mais fáceis de contornar do que as leis da natureza! Pode ser que o negócio de concretize e que esse investimento ajude a diminuir o desemprego no concelho.

Anónimo disse...

A Ponta do Oeste com o que JÁ gastou e o que terá que gastar JÁ, mete 60 milhões no bolo. Recebe 20 milhões para ceder 74%, pelo que ficam 40 milhões para saldar.
Se o projecto imobiliário, que SÓ vai arruinar a frente-mar de toda aquela zona e deverá ser feito à sombra do estatuto de utilidade pública, der 150 milhões de lucro (só na mente do Miguel Torres Cunha um projecto imobiliário em Portugal dá todo este lucro, mas...), a PO recebe 39 milhões.
O Grupo Pestana pagará 20 milhões agora à Ponta do Oeste, e investirá cerca de 74 milhões ao longo de 10/12 anos.
Partindo do principio de que:
a) tudo corre às mil maravilhas (tudo é vendido por 150 milhões e não há mais ondas para rebentar com aquilo tudo);
b) este consórcio não é 'à lobo marinho', onde a parte pública tem que garantir compensações e lucros à parte privada;
c) a Marina dá lucro (inserir um grande LOL aqui);
d) o Grupo Pestana irá cumprir a sua parte como NÃO cumpriu aquando das concessões com o casino
este negócio resume-se a:
A PO, usando benefícios do sector público, arruinando o pouco de valor que ainda resta nesta ilha, e com um esforço inicial que corresponde ao 39% do investimento total, ganha 26% da sociedade e consequentemente, 1 milhão de prejuízos...
O Grupo Pestana com um esforço inicial que corresponde a 13% do investimento, mais 48% ao longo de 10/12 anos (presumo que seja à medida que os lucros apareçam), ganha 74% da sociedade e consequentemente, 17 milhões de lucro e mais um bocado do domínio público.
Isto é uma 'boa notícia'?
Vai diminuir o desemprego no concelho? Como? Servir à mesa com recibos verdes ou contratos de duração muito limitada?
Agora é assim: qualquer coisa a qualquer custo?