3.1.09

Elogio à loucura, ou como um bando de loucos alimenta o vício de meia dúzia de chico-espertos!

Cada vez mais me convenço que vivemos num país de loucos. De perfeitos desequilibrados, conduzido por uma chusma de bandidos.
Esta semana apareceu um certo secretário de Estado de Educação a ameaçar os professores: ou desconvocam a greve, ou deixamos cair algumas propostas por nós apresentadas. Para quem quer fechar os olhos parece não ser nada de muito grave. Mas, se quisermos ver as coisas como elas são, as ameaças de Jorge Pedreira apenas demonstram um governo que governa discricionariamente. Porque ou as medidas são justas e adequadas e por isso não podem servir de arma de arremesso, ou não são e o governo nunca deveria tê-las proposto.
Mas a loucura continua. O Ministério da Educação (ME) insiste em manter a divisão da carreira docente. Uns tontos que por aí andam disponíveis para aplaudir qualquer idiotice que venha deste (des)governo, batem palminhas (de educação percebem tanto como eu de astrofísica). Mas o efeito concreto é que se passa a falar de docentes com a categoria de "Titulares" e outros com a categoria de "Professores". Já viram bem, docentes com a categoria de "Professores"?!!! Não será esta uma perversão absoluta da realidade? Não será isto um reinventar da profissão? Não serão, afinal, todos os docentes professores???
Não se pense que a loucura é prerrogativa das luminárias do ME. Um senhor da ACIP (Associação de Comércio e Indústria da Panificação) veio defender aumentos de 5% para o pão. Pois que os empresários do sector dizem que nem este, nem qualquer aumento é necessário, porque se algumas matérias-primas aumentaram, outras desceram. Ora, o que pretendia afinal este senhor? Será ele um homem honesto? Quem representa ele? "Baterá bem da tola"?
Loucura por loucura, lá vem o Ministério da Saúde chamar a si os méritos de uma alegada quebra do número de fumadores. Para além de ter as maiores dúvidas sobre esta baixa, vejo cada vez mais fumadores envergonhados. É verdade, eu conheço duas senhoras, socialistas por sinal, já avós, que fumam nas casas de banho e escondidas. Será este um sinal de sanidade?
E por falar em saúde, o que dizer daquela patética conferência de imprensa em que a ministra da Saúde informava os portugueses o que fazer em caso de sentirem alguns sintomas da gripe? Ora, minha senhora, eu não quero uma ministra que me diga que eu devo telefonar para um número verde. Eu quero uma ministra que garanta que eu e a minha família seremos atendidos com qualidade e em tempo útil, caso eu tenha que ir ao hospital.
Por outro lado, há dois meses atrás o ministro das Finanças garantia a robustez da economia portuguesa. Pois que passados alguns dias, estava a ser nacionalizado um banco e todos os restantes correm à procura das garantias do governo, sem depois beneficiarem a economia com as mordomias oferecidas pelo Estado. Os tais bancos que tiveram lucros fantásticos no ano passado, beneficiando gestores e accionistas. E o tal Estado que acusavam de ser demasiado interventivo.
Já que falamos em bancos, digam lá se o governador Banco de Portugal não parece um autêntico louco: então há corrupção por todo o lado na banca portuguesa, a entidade reguladora não faz nada, ele diz que tem todos os meios necessários e depois ainda garante que fez um bom trabalho?! E a maioria socialista concorda?!
Depois é o primeiro-ministro que reclama os louros da baixa da taxa de juro ao crédito habitação, quando passou meses a garantir não ter qualquer meio para influenciar o mercado. E perante mentiras deste calibre e outras idiotices similares, está o Presidente da República preocupado com o Estatuto dos Açores e o facto de ter de ouvir os órgãos de poder local antes de dissolver a Assembleia Legislativa Regional? Para loucura, não está mal!
E na Madeira, a loucura atinge patamares impensáveis: querem construir um teleférico para o Rabaçal, em nome de uma suposta valorização do património natural; um deputado desfralda uma bandeira nazi no Parlamento, a maioria suspende-o ilegalmente (cada vez mais se parece com um circo); esse mesmo deputado oferece 30,00€ aos idosos, obrigando-os a passar pela humilhação pública de terem de estender as mãos (não percebo porque é que os amiguinhos Canha, Welsh, Aguiar não distribuem as suas fortunas pessoais) e o Partido Socialista aplaude?! E isto é normal?!
E falando no PS-Madeira, então a rapaziada representa cerca de 16% dos eleitores madeirenses, andam a levar abadas eleitorais há 30 ano e de repente, para quem lê o que eles escrevem, parece que o PSD-Madeira é que tem razões para andar com preocupações eleitorais? Mas serão aqueles senhores bons da tola?
E o que dizer dos analistas e economistas que andam a gritar: “cuidado com a deflação” e, no início do ano, deparamo-nos com aumentos sucessivos bem superiores à taxa de inflação prevista? E a corrupção, que parece não existir em Portugal?
Enfim, ou eu é que estou louco e devo ter de ser internado, ou este bocado que terra em que vivemos não passa de um manicómio. Com dois ou três chico-espertos a se lambuzarem com as drogas que para cá mandam!

4 comentários:

Anónimo disse...

Realmente está tudo louco! Até um gajo conhecido como "Sancho Tarado" dá aulas às criancinhas de Évora!

Sancho Gomes disse...

E se procurares bem no Google, ainda encontras um que tem uma página pornográfica, outro que foi Bispo, e inúmeras gajas que se chamam Sancho Gomes (presumo que alguns são homossexuais). Todos eles sou eu, é verdade!Descobriste-me!
E se não fosses tão básico, descobrias também que trabalhar em Educação não obriga a sermos professores... Mas, uma vez que pareces tão interessado em mim, e para tua informação até sou: de Filosofia.

amsf disse...

E ainda dizem que a Madeira é pioneira na educação...quem diria que em Évora as crianças já aprendem filosofia!?

Su disse...

olha amigo eu vou levar comigo esta bela frase e irei post´-la na barra lateral do marakoka...o tal de conteudo improprio:)))))))))))))))))))

Cada vez mais me convenço que vivemos num país de loucos. De perfeitos desequilibrados, conduzido por uma chusma de bandidos.



jocas maradas