16.10.09

Elza Pais: feminista empedernida ou machista disfarçada?

Gostei de ver Elza Pais, presidente da Comissão para a Igualdade de Género e grande defensora da lei da paridade, nas suas novas funções de deputada, eleita pelo PS, defender o seu partido relativamente ao incumprimento da própria lei, da qual é tão zelosamente defensora. Antes, era vê-la a vociferar contra os partidos que colocavam mulheres nas listas apenas por ser conveniente e por parecer politicamente correcto. Agora, como deputada por um partido que objectivamente não cumpre as quotas (tem 29% de mulheres, quando deveria ser 33%), vemo-la, com igual zelo, defender o PS. Mas fantástica é a justificação: uma vez que os partidos apenas têm de cumprir com a quota dos 33%, apenas estão obrigados a colocar uma mulher em cada 3 candidatos. E pode acontecer serem eleitos apenas 2 (e nenhuma mulher) ou 5 (com apenas uma mulher) ou 8 (com duas mulheres), etc.
Ora, na cabeça da senhora, que tanto se bateu por esta lei (que é uma insanidade, digo eu!), desde que a aparência seja satisfeita, está tudo bem. Em rigor, para a senhora, todas as deputadas até poderiam renunciar aos seus mandatos, sendo substituídas por homens, que não haveria problema nenhum. Porque importante, foi obrigar os partidos a integrar 33% de mulheres nas listas. Ora, atitude mais machista, não poderia haver!

1 comentário:

Anónimo disse...

Ora ai está alguém que viu a luz, essa senhora, agora chamada a secretária de estado defende tudo menos a igualdade, é fantástico ao que chegamos, a conciliação é uma das palavras que ela não conhece.