Ora, o tipo mente com quantos dentes tem na boca, comprova-se isso mesmo, e algumas almas ingénuas continuam a achar que isto tudo são casos e casinhos inventados pelas oposições. Seria hilariante, não fosse o ridículo a que se submetem.
Mas isso é um problema dessas avestruzes que insistem em enterrar a cabecinha (cheia de …cabelo?) na areia
A questão premente, em meu entender, é a atitude que deveria ser tomada pelo primeiro-ministro, perante as informações que têm sido libertadas pela comunicação social, relativamente a este caso da “Face oculta”.
Não comento a questão jurídica, sobre a possibilidade de serem anuladas as escutas ao primeiro-ministro. Não é uma questão de opinião, é uma questão de facto, que deve ser dirimida por quem de direito (ainda que eu ache que isso não contribui nada para a imagem da justiça e da própria política, que cria estas legislações, que parecem feitas à medida para proteger o crime de colarinho branco). Mas, conforme tem defendido o PSD, há aqui matéria política e que é preciso ver esclarecida.
Ora, se Sócrates nada pode dizer acerca daquilo que não é público e sobre o qual (queremos acreditar) nada saberá, alguma explicação deve ao país relativamente às informações publicadas. Ou são mentira, e vem garanti-lo, ou não são e terá de as explicar. O que não pode acontecer é manter esta suspeita de que o primeiro-ministro mente descaradamente ao Parlamento e ao país, não em defesa de um qualquer interesse nacional, mas em benefício próprio. E isto não pode ser escamoteado.
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