Na minha casa já não existe Natal.
O pinheiro foi substituído por um objecto artificial. Não cheira, não cai ramos no chão….não é a mesma coisa.
Era eu o caçador de pinheiros. Cheguei a sair de manhã de casa e só regressei ao fim do dia. Não era uma tarefa fácil, encontrar um pinheiro decente para o pai natal. Não tinha consciência, mas acredito que era uma espécie de, Robin dos Bosques.
Ia com os meus vizinhos. Recordo-me de fazermos quilómetros e quilómetros, no meio de acácias, quando o que nós queríamos eram pinheiros; rasgar silvado, feiteira, à procura da árvore ideal. Aconteceu várias vezes, estarmos num monte e avistarmos no vale oposto um pinhal. Corríamos para lá, quando chegávamos eram pinheiros com mais 8 10, 15 e 20 metros de altura. Nem um pinheirinho para o pai natal. Passávamos horas e horas nisto.
Depois, deixei de ter “tempo” e ia ao Santo da Serra buscar um pinheiro. Mais tarde, já existiam pinheiros à venda em todo o lado, até que alguém comprou um pinheiro de plástico para casa…..
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