Comprei um portátil novo. O anterior, cumprindo o tempo de vida previsto à nascença, faleceu recentemente, sem um lamento ou uma queixa que fosse. Apagou-se, simplesmente, deixando-me à beira de um ataque de fúria, sem tempo nem disposição para lamentar a sua má sorte. Arrependo-me. O bom do Asus foi um companheiro fiel, que nunca deu a entender qualquer ressentimento contra o tratamento que lhe era dado. Lamentavelmente, o orçamento para o fazer regressar à vida era proibitivo. Resignei-me, mas guardei-o em casa e, quem sabe, um dia fá-lo-ei renascer.
Como tudo aquilo que é novo, o novo é mais bonito, mais prático, mais funcional e tem capacidades que eu nunca utilizarei, por manifesta incompetência e óbvia falta de paciência. Foi isso que tentei explicar ao tipo da loja, defendendo-me da vontade insistente com que ele me tentou fazer proprietário de uma outra "máquina infernal", que por pouco, mas por muito pouco - creio que o programa adequado estará disponível para download dentro de semanas - não serve cafés.
Comprei um portátil novo, essa é que é essa. A minha namorada diz que é... mais giro!