23.6.10

Provocação

É impressão minha, ou o Jools mostrou a sua indignação (e bem!) contra o grupo disciplinar de filosofia que não quer avaliar a correcção da língua nos exames escritos dos alunos do ensino secundário e depois, num post imediatamente a seguir, elogia (e bem!) um autor que primou (e fez fortuna!) por violar todas as regras da escrita em língua portuguesa? E, companheiro, até podes vir com aquela léria da tradição oral em alguns autores portugueses (como o Pe. António Vieira), mas, como sabes, as regras estão bem definidas para a oralidade e para escrita.

4 comentários:

Woman Once a Bird disse...

És um optimista, se consideras que este tipo de pruridos quanto à correcção da língua se põe apenas ao grupo disciplinar de Filosofia.
Quanto ao Saramago, enumera lá TODAS as regras da escrita em Língua Portuguesa que Saramago conseguiu infringir (é obra, consegui-lo).

Woman Once a Bird disse...

Preciosismos: o Jools não se refere a exames, que aliás, no que diz respeito à Filosofia - e já agora, à Psicologia - foram extintos (só existem exames de equivalência à frequência - os nacionais desapareceram).

Sancho Gomes disse...

bem sei que esses pruridos não se colocam apenas ao nível do grupo disciplinar de filosofia. aliás, no meu estágio essa questão já era recorrente e apenas os totós de português e de filosofia avaliavam a correcção escrita.

reconheço: não violou todas. mas só falta vires agora defender que a sua escrita obedece às regras estabelecidas.

Woman Once a Bird disse...

Não defendo tal coisa. Aliás, tu como ninguém sabes como Saramago me foi estranho durante muito tempo. Mas reconheço-lhe a genialidade no Memorial do Convento, curiosamente o livro que sempre tentei ler e não conseguia. Até o ter efectivamente lido.