17.7.10

Brevíssimas

Ouvi António Barreto dizer que, regressadinho da Alemanha - viagem paga pela Universidade?! -, apercebeu-se de que os alemães sentem-se revoltados pelo fruto do seu trabalho ser desbaratado pelos PIIGS (acrónimo "lisonjeiro", com que o restante nobre povo (?!) europeu designa Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha).
E elogiava, o académico, a capacidade de trabalho das pessoas alemãs, em comparação com os preguiçosos portugueses.
Ora, não sei se António Barreto esta a fazer um mea culpa e elogiava os académicos alemães, em comparação com o seu trabalho e o dos seus colegas, ou a quem se referia. Porque no que a mim me toca, não há alemão que trabalhe mais do que eu, na minha profissão. Nem alemão, nem sueco, nem dinamarquês, nem norueguês, nem filandês.
E sabem como é que eu sei disso? Porque trabalho com eles e curiosamente quem apresenta resultados são os tais técnicos oriundos dos PIGGS.
Como também sei que a generalidade dos trabalhadores portugueses não são preguiçosos ou não seriam mão-de-obra tão querida noutros países.

Quando oiço algumas luminárias defenderem coligações alargadas com o PS não consigo deixar de me rir. O problema em Portugal não está em fazer coligações com o PS. O problema, como bem diagnosticou Portas (ainda que os seus interesses sejam igualmente mesquinhos), é que nenhum partido sério pode coligar-se com um partido dominado por pessoas como Sócrates, Ricardo Rodrigues, Lello, Vitalino Canas, Santos Silva and so on...
Seria crime de lesa pátria!

Como é que Ricardo Rodrigues fala em criminalidade e não lhe queima a puta de língua?

A PT nunca deveria ser privatizada. Mas tendo sido, que raio de interesse estratégico é que há em manter-se nas mãos de portugueses? Que eu saiba, o capital não tem (e bem!) ideologia, nem raça, nem pátria. Por isso, tanto faz, não? Ou então, a PT deveria ser uma empresa pública, after all?! Mas então, porque é que vamos privatizar os CTT, a ANA, as Águas de Portugal e outras empresas de interesse estratégico? E como é que são os socialistas, esses paladinos que se situam na linha da frente do combate ao neoliberalismo económico, a promoverem estas privatizações? E essa gente que se assume socialista não tem nada para dizer? Calados que nem ratos?

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