O Dr. Portas veio pedir em público aquilo que todos desejam em privado: a saída do Eng. Sócrates. Disse o Dr. Portas, em plena AR e em pleno debate sobre o Estado (?) da Nação (?), que é possível reunir um governo de coligação – para colocar nos eixos a vidinha dos portugueses – entre PS, PSD e CDS, desde que o Eng. Sócrates não faça parte da equação. Quem conhece o Dr. Portas, outrora conhecido pelas suas diatribes jornalísticas e pelo seu amor incondicional aos ex-combatentes, sabe bem que ele não brinca com coisas sérias e que não dá ponto sem nó. Afastado do pindérico tango entre o Eng. Sócrates e o Dr. Pedro, ele prosaicamente idealizou uma versão capaz de o incluir no enredo principal, juntando o útil ao agradável: por um lado, despacha o cangalheiro para canto e, por outro, aproveita-se do que restar dos despojos.
Na cabeça do Dr. Portas, tudo isto faz sentido, é eficaz e, pelos vistos, também é exequível e verosímil. Se atentarmos bem, só fica mesmo, mesmo, mesmo a faltar que o PS despache o Eng. Sócrates, que o PSD aceite entrar na artimanha e, já agora, que o Dr. Portas se mantenha no delírio em que pelos vistos mergulhou.