Ultimamente, tenho dado por mim a pensar se, na União Europeia que recusa assumir sua matriz judaico-cristã, não estarão as maiorias reféns de minorias. Aliás, isto não se passa apenas na Europa. Mesmo nos Estados Unidos é possível assistir a este rapto da vontade da maioria, como se pode depreender pelas posições assumidas por aqueles que defendem a construção da mesquita no “Ground Zero” por medo das repercussões que a não construção possa ter no mundo islâmico (conforme nos mostra, magistralmente, Ferreira Fernandes).
Em França, Sarkozy está a ser atacado pela deportação de imigrantes ilegais (que violam a legislação do país, uma vez que a livre circulação aplica-se desde que, passados 3 meses, os estrangeiros comunitários se encontrem a trabalhar). Uma vez mais, a vontade da maioria (que elegeu o governo francês) a ser sequestrada, em nome da defesa dos “direitos” de uma minoria, que insiste em manter-se à parte da lei.
Recentemente, assisti a uma entrevista (no canal Q) de Fernanda Câncio a um antropólogo (não lhe fixei o nome) que defendia regimes de excepção para as minorias étnicas em Portugal. De acordo com o cientista, o Estado Português não pode impor a lei a estas minorias, que têm uma cultura, hábitos e costumes diferentes da maioria.
Ou seja, defendia que no país em que a pedofilia é crime, se continue a permitir o casamento de meninas ciganas aos 12 anos. Que num país que defende a liberdade individual, se permita a realização de casamentos arranjados. Que num país que tem uma escolaridade obrigatória, se consinta que as crianças ciganas continuem a não estudar. Que num país onde os vendedores de mercado têm de passar recibos, se autorize a venda de produtos contrafeitos sem fiscalização e/ou exigência de pagamento de impostos. Num país em que qualquer cidadão tem de pagar a sua renda, se aceite que minorias, como a comunidade cigana, viva em bairros sociais sem pagar rendas, água, e/ou electricidade. Que num país em que a propriedade privada é um direito, se consinta a invasão da propriedade alheia.
Nessa entrevista, Câncio parecia mesmo uma perigosa fascista, ante o radicalismo permissivo do tal antropólogo.
Ora, a verdade é que a comunidade cigana, em Portugal, fez muito pouco para se integrar e persiste em manter-se distanciada daqueles que são os deveres dos cidadãos e do respeito à lei, mas sofregamente integrada no benefício dos direitos.
Calcula-se que existam em Portugal entre 30 e 50 mil ciganos: em 2008, 35 mil eram beneficiários de RSI.
E o regime de excepção que reivindica para si, não se limita à sua própria cultura, ou o acesso a benefícios sem deveres. É uma comunidade que frequentemente usa da intimidação para obter ainda mais regalias: acontece nos hospitais, nas escolas, na Segurança Social, acontece em todo o lado. É uma comunidade que goza com a consciência da maioria e com conceitos como Direitos Humanos (exige o cumprimento desses Direitos na relação com a maioria, mas recusa aplicá-los no seu seio ou inseri-los nas suas práticas – não apenas nos seus “costumes”, mas também na relação com outras minorias étnicas). Não cumprem as regras e abusam da compaixão dos “patos”.
Ainda por cima, quando são derramados milhões em projectos de integração (consulte-se o site www.ciga-nos.pt).
Ora, não sei quanto aos demais, mas a verdade é que começo a estar farto de ser refém destas minorias. Sei bem que generalizo e reconheço os seus perigos. Como tenho consciência que descrevo mais a relação da maioria com uma minoria étnica (cigana), não sendo os argumentos apresentados imediatamente aplicados às restantes minorias (étnicas, religiosa, cultural, etc.). Mas a revolta que me assalta, quando confrontado com casos concretos, é sempre maior do que eu!
1 comentário:
Até concordo com a expulsão daqueles que de forma premeditada e permanente vivem da boa vontade da maioria no entanto não vejo quem os queira receber. E esta medida não deveria ser aplicada somente a alguns ciganos mas também aos portugueses em Portugal, aos franceses em França, ect.
Se houvesse um país onde concentrar todos aqueles que acham que é possível viver sem produzir era para ai que os enviaria. Talvez, antes de morrerem à fome, apredessem naturalmente umas noções de economia e de justiça. Não é legítimo esperar que uns produzam para que outros de forma organizada e permanente consumam sob o pretexto da solidariedade (forçada pelo Estado).
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