Na corrida ao PSD, com moção e tudo, está o incontornável Luís Marques Mendes. LMM é uma espécie de dois-em-um de duas alas muito influentes dentro do actual PSD: os cavaquistas e os marcelistas. A maioria desta gente sobrevive, estoicamente desde há muito tempo, na política, usando os mitos sebastiânicos e promovendo histórias da carochinha, enquanto espera para ver para que lado puxa a corrente sempre com o intuito, ao que parece legítimo e legitimado, de se safar. As principais preocupações deste grupo são, pelos vistos, fazer de Cavaco Silva presidente (como se isso fosse a coisa mais importante para Portugal) e dar uma imagem muito impoluta de gente séria e cumpridora dos seus deveres políticos, exactamente o oposto daqueles que os antecederam. Sócrates comerá, literalmente, toda esta gente de cebolada e agradecerá tão agradável petisco.
O PSD de Luís Marques Mendes representa um regresso ao passado sem sentido, com pouco esclarecimento, sem qualquer ruptura e com total conivência com o regime político vigente, onde o PS usará a seu bel-prazer a máquina do Estado para levar a água ao seu moinho. Mendes limitar-se-á a esperar que o poder lhe caia no colo (se antes não for corrido), enquanto luta abnegadamente para ganhar as eleições que se avizinham. O PSD que se prepare: a travessia pode ser longa. E dura.
O PSD de Luís Marques Mendes representa um regresso ao passado sem sentido, com pouco esclarecimento, sem qualquer ruptura e com total conivência com o regime político vigente, onde o PS usará a seu bel-prazer a máquina do Estado para levar a água ao seu moinho. Mendes limitar-se-á a esperar que o poder lhe caia no colo (se antes não for corrido), enquanto luta abnegadamente para ganhar as eleições que se avizinham. O PSD que se prepare: a travessia pode ser longa. E dura.