O cerco ao Dr. Serrão aperta-se. Depois da Dra. Rita eis que o Dr. Cardoso também decide tecer nobres e polidas considerações sobre a actual liderança socialista, acusada por ele, entre outras coisas, de andar deslumbrada com as mordomias de Lisboa e com o estatuto de deputado da Nação.
A estes dois somam-se ainda o Sr. Isidoro de Câmara de Lobos, o Eng. Caldeira e mais alguns ilustres desconhecidos de outros concelhos, provavelmente chateados por terem sido trucidados pela máquina partidária, controlada por um senhor da segunda fila da bancada socialista, e não pelo Dr. Serrão, como certamente imaginam.
O caso é então gritante. E evidente. Começa-se a preparar o terreno para uma futura liderança depois da derrota (esperada por todos, inclusive por eles) de Outubro. Será nessa altura que as bases e meia dúzia de reservas morais do partido (aliados aos do costume) virão pedir satisfações que façam rolar cabeças.
O problema é o alvo que se quer atingir. Porque todos andam a virar as baterias contra quem, na realidade, não manda nada. Só isso justifica que o Dr. Serrão passe a vida incólume na capital do decadente império.