Imaginem que "aquela" do "círculo dos 47" era uma notícia muito bem feita. Na qual o PSD simulava, através do presidente do partido, aceitar o acordo. A Comissão Política e os deputados tomavam posição contrária.
(vendiam-se jornais)
Nos dias seguintes ver-se-iam os restantes capítulos: Jardim recuaria porque o partido não queria a solução acordada. O acordo seria quebrado. O PS exasperaria. O PSD ganharia tempo. O "círculo dos 47" iria para o balde do lixo. O PSD apareceria com uma outra solução "mais consensual" dentro do partido. Recomeçariam as negociações...
(vendiam-se jornais)
É que há poucos dias revi a Teoria da Conspiração" - filme brilhante, de resto. E apeteceu-me vaguear no meu labirinto interior.
Mas não fui só eu. É que, pelo amor de Deus, não se escrevem asneiras destas:
"Soubemos também que as desavenças entre o líder e a "máquina" do partido estão relacionadas com o método de escolha dos futuros candidatos que irão incorporar a lista única dos 47 nomes. É que, a partir de agora, as concelhias deixam de ter tanto peso na escolha dos candidatos e será a sede da rua dos Netos a decidir quem vai ocupar os lugares elegíveis. Uma manobra de Jardim que vai obrigar a que muitos corram mais depressa e que mostrem o que realmente valem."
Mesmo que o recado fique dado, o PSD-Madeira não tem concelhias há anos. E os deputados são escolhidos, desde sempre, pela Comissão Política e na maioria das vezes por Jardim.
(vendem-se jornais)