13.3.06

Quot capita, tot sensus

O Bento, lá desde a esquina-do-mundo.blogspot.com, teve a amabilidade de me alertar para um erro básico, por mim cometido: naturalmente a espada é Dâmocles. Agradecido e, de resto, já está alterado (se bem que nunca percebi porque é que a espada é de Dâmocles e não de Dionísio)!

Depois fez algumas considerações sobre o que escrevi.
Pois, bem, vamos a elas. Quanto à demissão de Sócrates, claro que não me parece razoável que este governo seja demitido. Foi apenas uma hipérbole, para exemplificar que se as asneiras do Santana justificaram a opção presidencial, as mentiras do Sócrates também o justificariam. Porque efectivamente acho que o grande mérito deste governo é o de perceber muito de cosmética, dado que este ano de governação não tem sido marcado por boas medidas, mas apenas por estarem bem maquilhadas.
O Bento afirma que: “da Direita à Esquerda o balanço agora feito ao 1º ano de Governo é de modo geral muito positivo”. Para um anarquista, parece-me que anda demasiado sintonizado com o poder económico deste país, visto que os elogios apenas vêm da classe empresarial (ou da UGT, mas que não são para levar a sério). Desde a educação à saúde, a maioria das medidas não são minimamente reformistas. E as que o são, não me parecem boas. Portanto, achar que este ano de governação foi globalmente positivo revela mais acerca de quem o afirma, do que sobre o governo.
As minhas afirmações sobre o Governador do Banco de Portugal mantêm-se. Integralmente.
O Bento acusa-me, ainda, de má-fé por ter afirmado que o Dr. Sampaio tratou de forma diversa os governos do PSD e do PS. Se tal não fosse verdade, nunca o Eng. Guterres teria chegado ao ponto de se demitir. O Governo teria sido demitido sumariamente pelo Dr. Sampaio. Se a “figurinha” do Santana justificou a demissão, não terá a “figurinha” do Eng. Guterres justificado? Não percebo que raio de rigor presidencial é este.

Estou certo de que houve o tal magistério de influência, de que fala o Bento, mas ao contrário. O Dr. Sampaio foi mais influenciado do que influenciou. E disso não tenho dúvidas!

3 comentários:

Anónimo disse...

A razão da diferença entre o tratamento de um e de outro é óbvia. Um foi eleito pela maioria dos portugueses, mas não absoluta. O outro, Santana não o foi. Como já foi dito mais do que uma vez pela Marisa...

Anónimo disse...

"a maioria das medidas não são minimamente reformistas. E as que o são, não me parecem boas."

De facto, perante o excelente trabalho que este Governo está desenvolver em áreas como a saúde, a Segurança Social, Ciência e Inovação, Atracção de investimento estrangeiro, etc, uma afirmação destas "revela mais acerca de quem o afirma, do que sobre o governo."

Anónimo disse...

Olá Já tinha saudades das tuas divagações... Continua.
Um grande beijo