Discretamente, o Dr. Cavaco (um "perigosíssimo homem de direita", não me canso de repetir) mandou publicar a lei que nos diz, no essencial, que ter uma determinada percentagem de mulheres nas listas dos partidos políticos, rende dinheiro. A partir de agora quem conseguir cumprir com a quota recebe a subvenção total a que tem direito e quem não cumprir, não recebe. Tudo de uma clareza aterradora.
Há quem chame a isto paridade. Mas eu duvido do disfarce. E, claro, da intenção. Conheço alguns países onde ainda é (infelizmente) prática corrente trocar mulheres por gado, terrenos ou outro tipo de bens que valem como um dote. Mas isso, julgava eu, era lá longe, bem longe da civilização e dos princípios em que acreditamos. Em Portugal, bem mais perto, e no século XXI, troca-se as mulheres mesmo por dinheiro. Reconheça-se que é mais directo. Mas não lhe chamem paridade.