10.8.06

Primeiro como tragédia, depois como comédia

Na Irlanda um curioso anúncio desperta as atenções. Uma empresa pretende contratar para os seus quadros apenas não fumadores. Perante aquilo que muita gente considera um atentado impossível de concretizar, eis que na União Europeia algumas mentes iluminadas decidem aplaudir e “ratificar” o direito da empresa em questão. Eu não fumo e por isso, talvez não obviamente, discordo deste delírio. Esta coisa de ser comandado à distância começa a saturar e, desconfio, começa a arregimentar cada vez mais adeptos para a linha “inimiga”. Os eurocratas de Bruxelas, um bando de perfeitos inúteis, irritam pelo politicamente correcto e pelo inferno burocrático que querem construir a soldo da nossa liberdade. Daí até se meterem a regulamentar o tamanho dos amendoins, as embalagens do azeite, o aspecto das tascas e até o peso das laranjas e a respectiva cor da casca foi um passo. Mais um, rumo ao inferno portanto. Mas a coisa como se vê, promete não ficar por aqui porque no fundo, tenho a certeza, não há limite para a estupidez. Contudo, face a esta caminhada para a loucura (subitamente desdita), polvilhada de enorme irresponsabilidade, desfaçatez e, claro, falta de bom senso, eu gostaria de colocar três pequeníssimas e singelas questões: 1- Se fumar é assim tão mau por que razão ainda não proibiram o comércio do tabaco? 2- É possível colocar anúncios onde apenas se manifeste desejo de contratar gente loira de olhos azuis? 3- E se for apenas para gajas com sutiã 46, pode ser?
Um tipo que se suicidou num bunker em 1945 deve andar a rir-se. E à força toda, de certeza absoluta. E ainda dizem que a história não se repete?