"Reúne sete ou oito sábios e tornar-se-ão outros tantos tolos, pois incapazes de chegar a acordo entre eles, discutem as coisas em vez de as fazerem" - António da Venafro
28.12.06
O Rio de Janeiro continua lindo
Quando o Estado deixa de ter o monopólio do uso "legítimo" - à luz dos seus cidadãos - da acção coerciva, geram-se situações extremadas, que poderão desembocar no fim abrupto do próprio Estado.
No Rio, há muito que se vive um clima de tensão semelhante ao de uma guerra civil. De um lado, "mílicias" que ninguém controla tentam impôr a sua lei, invadindo favelas e executando, sem julgamento, criminosos ou pretensos criminosos. Do outro, grupos de fora-da-lei respondem com extrema violência.
Os poderes político e judicial quedam-se impotentes, sem conseguir controlar quer uns, quer outros.
Os acontecimentos de hoje no Rio deverão servir como alerta (mais um alerta): se não conseguir controlar a criminalidade, será o próprio estado brasileiro a ser posto em causa. E, face ao cenário geopolítico que envolve o Brasil, seria de todo o interesse que a comunidade internacional dedicasse alguma atenção e algum tempo a analisar o assunto.
Na América do Sul, se há coisa de que ninguém necessita nestes tempos é de outro ditadorzeco atrevido como Morales, Chavez e outros que se aproximam.