1. Deplorável esta estratégia assumida por José Sócrates (não sei se enquanto PM, ou como Secretário do PS) de intimidação, relativamente ao referendo sobre o aborto. “Ou votam como eu quero, ou não mexo uma palha” é o que parece dizer o nobre líder nas intervenções de campanha. Mas é demonstrativo do espírito democrático do nosso Governo e muito especialmente do seu líder que confirma assim o seu despotismo.
2. Sobre o indulto a um foragido da Justiça; sobre as afirmações miseráveis do Manuel Pinho na China; do Presidente da República, nem uma palavra. Num país decente, seria motivo para o Primeiro-Ministro ser chamado à pedra e demitir o seu Ministro. Mas não em Portugal, somos um país de brandos costumes... O País implode devagarinho, e Cavaco Silva continua agarrado à sua estratégia de cooperação e condecora loucos como o anterior Procurador-Geral da República. Elucidativo!
3. Menti! Afinal assisti a mais um debate sobre a liberalização do aborto. Foi ontem, no programa Prós e Contras. Sinceramente, gostei. Houve alguma elevação por parte dos intervenientes técnicos, isto é, por parte dos juristas e dos médicos. Curiosamente (ou não) as brejeirices, as futilidades, as ofensas gratuitas, praticamente foram inexistentes e integralmente assumidas pelos poucos políticos presentes. Começo a achar que o mal de Portugal é efectivamente a classe política.
4. Acho piada ao Francisco Louçã: primeiro adjectiva-me de hipócrita por defender o Não, depois diz que os portugueses entendem a necessidade de mudança da lei. Fiquei perplexo e (pior) com uma dúvida: serei português ou hipócrita? Será que ele falou também para mim, ou pura e simplesmente já assume que eu sou carta fora do baralho? Este homem ainda criar-me um problema existencial, fazendo com que eu tenha que procurar ajuda especializada de psicólogos. E só por isso (e porque não tenho dinheiro) jamais receberá o meu voto.
5. O que é que se passa com a classe política portuguesa? Será que agora é moda fazer visitas de Estado aos países asiáticos? Primeiro o Cavaco foi à Índia, depois vai o Sócrates à China (não é uma delícia denominar a viagem de visita de Estado?), agora o Amado vai para o Japão e Jaime Magalhães (Secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna) para Timor-Leste. Para além do evidente desperdício, haverá algum motivo para estas visitas? Será uma tendência pan-lusitânica (perdoem o neologismo), ou uma nova versão expansionista? Fica a dúvida.
3 comentários:
Jaime Gama? Penso que referia-se a Vera Jardim...
Cheio de razão. Já está alterado. (terá sido uma acto falhado?)
Já não há pachorra para ouvir falar de aborto
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