10.2.07

O mal dos outros

Um dia destes dei boleia a dois jovens.
Disseram que o destino era o Entreposto da Cancela.
Eu não lhes perguntei nada, mas fizeram questão Justificar a viagem: – vou receber umas “massas” que o patrão me deve!

Não sei porque é que os toxicodependentes insistem, em não assumir a verdade.
É óbvio que o objectivo era comprar produto.

Ainda falamos do jogo, Portugal – Brasil, do tempo, da vida que estava difícil para eles, mas que eu estava bem…. Às tantas, o que ia no banco da frente adiantou mais qualquer coisa. Isto depois do intenso cheiro a cigarro já ter poluído o ar do habitáculo do carro. Ainda tentei olhar de esguelha, para ver se o que estava sentado ao meu lado tinha o braço picado. Foi quando disse que o destino era a Camacha (Bairro da Nogueira). A Justificação foi que tinha que chegar cedo, caso contrário, já não apanhava o patrão. Ainda olhei para o relógio para confirmar a hora. Já passavam 35 minutos do meio-dia.

Deixei-os no local que pediram, com a certeza de que os toxicodependentes são os únicos que não querem enxergar o mal.