6.2.07

António Ramos Rosa

Para uma amigo tenho sempre um relógio esquecido em qualquer fundo da algibeira.
Mas esse relógio não marca o tempo inútil.
São restos de tabaco e de ternura rápida.
É um arco-íris de sombra,
quente e trémulo.
É um copo de vinho com o meu sangue e o sol.

António Ramos Rosa