2.3.08

Cinema


A minha última viagem ao cinema foi para ver “Sweeney Todd, o Terrível Barbeiro de Fleet Street”, de Tim Burton.

É um filme de uma extraordinária realização. Cada plano é um autêntico quadro. Nada foi deixado ao acaso. A ausência de cor dá-lhe a dimensão estética e dramática necessária para a pesada narrativa.

Minto. Há uns riscos de cor, mas só surgem a meio do filme. Quando o excepcional barbeiro inglês do século XIX, interpretado por Johnny Depp, coloca em marcha um maquiavélico plano para aniquilar o mal em troca do bem. O problema é que o ajuste de contas transforma-se num rosário de crueldade.


É nesta altura que as cenas ganham cor. Um vermelho explosivo que salta do ecrã e suja os telespectadores. Alguns não resistem à violência das imagens, e tentam, com as mãos, esconder o que os olhos desejam ver.

Há muito sangue neste filme. Há muita violência, muita vingança.

Será que esta estória poderia ser filmada de outra forma??? Acho que não.

“O Terrível Barbeiro de Fleet Street” é um documento único. A história nasceu na Londres do início do século XIX. Não existem provas. Apenas relatos orais que passaram de geração em geração, até que alguém adaptou a lenda ao teatro e depois ao cinema (1926 primeiro filme). Agora resurgiu através das mãos de Tim Burton. Recordo-me de "Existenz". Já tem alguns anos. Talvez 10. Uma vez mais foi engolido por esta envolvente história, cantada, (o filme é um musical) que me encantou.

Não lhe mudava nada. A obra é quase perfeita.

2 comentários:

Rui Caetano disse...

Parece que é um filme a não perder.

Su disse...

se nada mudavas, pq razão dizes QUASE perfeita...ehehehehehehe
(estou a brincar)