7.1.09

O outro lado também existe

Vale a pena ver, para nos apercebermos da crueldade que por estes dias grassa na Terra Santa.
Aviso, contudo, os meus amigos que me vão enviando estes links que também quero receber imagens das vítimas dos atentados terroristas do Hamas e outros movimentos islâmicos.
Como também gostaria de ver a esquerda europeia fazer concentrações e manifestar-se contra esses mesmos atentados. Porque vítimas existem dos dois lados. E é doloroso ver ver a vida extinguir-se nos olhos de qualquer criança: seja ela palestiniana, israelita, sudanesa, ruandesa ou de qualquer outra parte do mundo!

8 comentários:

amsf disse...

Os pouquissimos atentados que os palestinianos têm conseguido fazer são quase sempre uma resposta (com uma diferença temporal entre 1 a 4 semanas) ao assassinato de um líder palestiniano. Aliás, já há muito tempo que os palestinianos não conseguem implementar esta lógica devido às medidadas draconianas que pesam sobre todos eles. Nem mesmo recorrendo a suícidas se o conseguem fazer. Poucas são as pessoas que fazem a mínima ideia das humilhações e limitações a que são submetidos os palestinianos no seu dia a dia!
Os palestinianos não se conseguem afirmar como Estado e negociar em termos de igualdade com Israel porque este assassina sistemáticamente os seus líderes! A um povo sem líderes ou com líderes cuja família, amigos foram assassinados pelos israelitas só resta a vingança cega!

Quanto às fotografias deste género recomendo que as vão enviando para helpgaza2008@gmail.com. Este endereço foi enviado, bem como um número de telefone, através de panfletos aos palestinianos de Gaza para que estes colaborassem (sic) com Israel na identificação de alvos. Achei por bem dar-lhe outra utilidade...tenho enviado-lhes fotografias com os resultados da sua guerra ao Hamas!

amsf disse...

O Hamas, inicialmente, surgiu tal como muitas organizações cristãs de apoio social e nesta fase contou com algum apoio de Israel como forma contrabalaçar a influência da Fatha (OLP) do Arafat e depois, como seria natural politizou-se, perante as dificuldades sociais a que assistia. Se na Madeira um padre Martins, um padre Edgar, um padre Tavares se politizaram ao se confrontarem com os problemas sociais das populações imaginem lá como seria!!! Na faixa de Gaza o Hamas não é simplesmente o governo...o Hamas é a Santa Casa da Misericórdia, é o Banco Alimentar, é a Cruz Vermelha, é a Casa Pia (utilizo esta terminologia para que se perceba que o Hamas não é simplesmente um grupo que no seu desespero e sede de vingança lança uns foguetes sem qualquer valor militar)!

Sancho Gomes disse...

amsf

quem lê o que escreve julga que aquela rapaziada é tudo um bando de bons rapazes...

amsf disse...

Sancho

E quem se nutre dos meios de comunicação de referência julga o mesmo mas em relação aos dirigentes israelitas. Estes têm eleições em Fevereiro pelo que como é hábito aproveitam-se do facto de estarem no poder para criarem a tensão necessária à revalidação do mandato...não há como a guerra e a insegurança para reunirem o eleitorado à volta do poder!

Os judeus tiveram Massada pois agora os palestinianos tem Gaza, já tiveram Chabra e Chatila no Líbano e têm novamente Gaza como os judeus tiveram os campos de concentração. Espero que reconheça estes nomes!

Anónimo disse...

amsf,
não me julgue um completo imbecil...
Quanto às críticas aos governos de Israel, há anos que eu venho defendendo que os seus líderes esqueceram o Holocausto (como é possível?). Muito antes da esquerda se manifestar contra as investidas israelitas, que eu defendo que a criação de Israel, da forma como foi feita, foia sneira monumental. Não se criam países por decreto! Por isso não aceito lições de moral sobre esta questão.
Espero é que os ataques de Israel, que tem toda a legimitidade para se defender num ambiente profundamente hostil, não faça esquecer os atentados terroristas levados a cabo por inúmero grupelhos fundamentalistas islâmicos, que defendem a extinção de Israel. E que não se façam desses terroristas um bando de resistentes bons rapazes.

Sancho Gomes

Su disse...

sou contra o hamas

ando enervada com israel

mas--não estou do lado da palestina

psstt sancho......já reparei qd escreves como anónimo nominado a tua escrita tem mta substancia...:)..por ex. essa resposta aqui em cima....isso sim deveria ser um post:))))))))



jocas maradas de gaJa

il _messaggero disse...

Mas o grande problema é que esta resposta, que é completamente desproporcional e descura completamente a via da negociação, apenas tem o condão de branquear todas as más acções que o Hamas possa perpetuar.

o amsf focou um ponto fulcral. Não se queira reduzir o Hamas a uma mera organização paramilitar anti-israelita. Num território que tem um estado com estruturas incipientes (em última instância devido aos elevados constragimentos levantados por Israel), o Hamas é de facto, a única organização que presta o real apoio às populações, consolidando a sua base de apoio popular.

Creio que esta guerra tem um forte pendor eleitoralista por detrás. Recorde-se que a direita partia em vantagem nas sondagens para as eleições de Fevereiro em Israel. A coligação de centro-esquerda, creio que aproveita o "gap" e a certa cobertura que a Administração Bush dá durante esta fase de transição, para internamente se afirmar como um partido que preza a unidade nacional e a segurança, bandeiras principais da direita favorita e temas muito caros aos israelitas.

No entanto, há que ter em conta, que este ano, haveria eleições em Gaza, eleições na qual o Hamas foi eleito para um exercício de poder que se tinha revelado um flop, quer por contigências externas, quer por ausência de estratégia e medidas visíveis, algo que o estava a fazer perder apoio popular.

Escusado será dizer que este ataque completamente desproporcionado em termos de força, apenas tem o condão de reforçar o apoio popular ao Hamas e tem o condão de limpar a imagem desta organização. Aliás, face à desproporção de meios e tácticas que são usadas - muito denunciadas por muitas ONG's neutrais que estão no terreno, é de questionar se esta acção israelita não vem em parte legitimar a luta pela sobrevivência do estado Palestino. Creio que é tudo uma questão de prisma e por favor não se queira reduzir isto a uma questão de direita ou esquerda ou uma divisão maniqueísta entre bons e maus.

Se antes qualquer solução para o conflito teria que passar por negociação com Hamas, agora torna-se imperativo, sabendo-se agora que será bem mais difícil. Caso isto não seja feito, corre-se o risco de aparecer mais um Iraque e toda a instabilidade daí decorrente.

Recordo este excerto de artigo de opinião de dia 26 de Dezembro:

"What began yesterday in Gaza is a war crime and the foolishness of a country. History’s bitter irony: A government that went to a futile war two months after its establishment - today nearly everyone acknowledges as much - embarks on another doomed war two months before the end of its term. (…)"

Algum artigo de opinião de algum jornal europeu? Não! Apenas um editorial de um jornal israelita - Ha'aretz - sobre este ataque...

Su disse...

o hamas....não são bons nem maus
o hamas....não são de esquerda nem de direita
o hamas....não são exagerados, são fanaticos
o hamas........estão em gaza e são gaNzados


deu para entender que não os suporto nem à lei da bala??????????????

ok......................