29.10.09

Eleições no PS - de uns e de outros

Escrevi dois textos sobre o processo eleitoral do PS que foram merecedores de algumas reacções interessantes. Umas, pelo humor inteligente e pela capacidade que alguns têm em ver o absurdo em que por vezes estão(mos) mergulhados - a tal capacidade crítica que diferencia o bestial da besta. Outras pelo teor raivoso e estilo agressivo e manifesta incapacidade para reconhecer o esgar irascível que projectam no espelho.
Estes dois tipos de reacção mostram bem as diferenças entre uns e outros. Uns têm consciência da imagem que a hostilidade entre as facções do PS transmitem à sociedade. Os outros mostram a forma rancorosa, zangada, como enfrentam a vida e a política. Aliás, nada de estranhar, se atendermos que estes últimos fazem do congresso do PS um ajuste de contas pessoal, em vez de um debate político sério e rigoroso. Porque continuam sem perceber que foram relegados para segundo plano nalguns actos eleitorais porque não são detentores de direitos divinos que fazem de si eternos candidatos, ainda que tenham péssimos resultados eleitorais; ainda que sejam políticos medíocres; ainda que o seu trabalho cívico não tenha a grandiosidade com que gostam de imaginar.
Com quadros mentais desta natureza, não deixa de ter piada que projectem nos outros algumas das suas principais características.
Contudo, apesar disto tudo, espero que o debate no PS suba de nível e que os seus contendores revelem maior elevação. Porque a Madeira precisa de um PS forte. Ainda que me pareça que não será com gente da laia dos segundos que isso acontecerá.
But, then again, esse é um problema dos socialistas.

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