22.10.09

Pronto, pronto, José... Leva a bicicleta

Apetece dizer, como se faz aos chatos: pronto, pronto, José, podes levar a bicicleta!

Não questiono as opções de Saramago. Não leio nem deixo de ler os seus livros por ele ser ateu, comunista ou outra coisa qualquer. Leio alguma coisa daquilo que publica porque o considero um escritor talentoso. Só isso.

Saramago não necessita do exagero para vender livros. Não precisa de ofender durante mais de uma semana quem se revê na Bíblia para fazer subir as vendas no Modelo e no Continente. Mas é aquilo que está a fazer, deliberadamente, numa espécie de campanha de marketing pela negativa. Começo por isso a perder a paciência. E o respeito pela personagem.

O livro que escreveu deve ser julgado pelo seu valor literário. Somente pelo seu valor literário. Ou será que Saramago esqueceu o facto de ser escritor de ficção?

Acredito piamente que os criadores devem ter total liberdade para abordar todos os aspectos da vida nas suas obras. Isso leva-me a não questionar aquilo que Saramago escreveu. Questiono é o exagero de pregador com que Saramago tem insistido na sua tese.

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