26.2.05

Inqualificável

Num regime que se diz democrático não se podem tolerar situações de abuso de poder por parte das forças policiais. As agressões sofridas por Lurdes Ciprinano durante os interrogatórios não podem ser justificadas com a necessidade de descobrir a verdade, ou com a gravidade do crime de que vinha acusada. O pior é que as denúncias de agressões em esquadras ou postos policiais portugueses são frequentes. Muito frequentes. E são lançadas contra a PJ, contra a PSP ou contra a GNR.

Muitas vezes, perante as denúncias, não são feitas as devidas investigações. Também porque as vítimas provêem, normalmente, dos estratos mais baixos da sociedade.

As agressões, que levam Portugal a ser referenciado, anualmente , pela Amnistia Internacional têm como principais aliados a falta de preparação dos agentes e a cultura de exercício de poder que vigorou desde sempre em Portugal (embora tenha sido..."retocada" com o 25 de Abril de 1974).

2 comentários:

Anónimo disse...

É verdade que Portugal consta da lista negra da AI, isso eu não refuto. O que me faz confusão é que nem sequer presuma a inocência da PJ neste caso. Só porque temos as fotos de uma presumível infanticída toda marcada não quer dizer que tenha sido a polícia. Acho que aqui em Portugal se levantam demasiadas suspeitas, sem provas. A senhora podia ter-se auto-inflingido esses cortes. Ela já mentiu noutras ocasiões.
Marisa Frade

Unknown disse...

Marisa:

Parece que nem a PJ refutou as acusações. Antes abriu um inquérito com vista a eventual procedimento disciplinar. Mais, como sabe, quem apresentou queixa não foi a presumível infanticída, mas sim o estabelecimento prisional onde aquela está detida. Em resumo, parece-me que estamos perante um caso claro de agressão, injustificada.

Admito, porém que não dei o beneficío da dúvida à PJ. Nisso tem razão. Obrigado pelo comentário
Gonçalo