A notícia de que Bernardo Trindade ia para a Secretaria do Turismo foi a pior que Jacinto Serrão poderia ter recebido.
O objectivo da maioria daqueles que rodeiam o líder do PS passava por “queimar” Bernardo, obrigando-o a um confronto com Albuquerque para a Câmara do Funchal.
Pois bem, trocadas as voltas, o pior para Jacinto ainda vem aí. É que, das duas uma, ou o PS encontra o tal independente com aura de competente e de candeias às avessas com o PSD – adoro esta definição – ou o presidente dos socialistas madeirenses arrisca-se mesmo a ir a votos no Funchal.
Repare-se que Serrão e Victor Freitas, quais eucaliptos verdejantes nas serras de São Vicente, secaram tudo o que estava à sua volta. Os melhores do PS-M ou estão em Lisboa (Bernardo Trindade, Maximiano Martins e o próprio Luís Amado) ou estão em Bruxelas (Emanuel Jardim Fernandes) ou estão pura e simplesmente afastados.
Actualmente, as tropas da Rua do Suro têm na liderança, e na frente de combate, personagens com a “craveira” intelectual de um Jacinto Serrão, de um Victor, de uma Célia Pessegueiro, de um Gil França, de um João Isidoro ou de um Filipe Sousa.
Se, por um lado, a trupe não pode ser acusada de “dormir com o inimigo” – se calhar porque o próprio inimigo não quer – por outro não tem credibilidade para atrair bons quadros independentes. As autárquicas serão uma prova de fogo. E Serrão tudo fará para evitar a goleada. E o confronto directo com Albuquerque. O pior é se Victor Freitas se quiser livrar dele...
Avizinham-se dias duros...
Sem comentários:
Enviar um comentário