8.11.05

Sem fôlego

INTO THE BLUE abriu ontem à noite o Festival de Cinema.
Desde já considero uma aposta ganha pela organização, a escolha deste trabalho realizado “made in América”.

Só escrevo hoje qualquer coisa porque estive a recuperar das fortes emoções vividas durante as duas ininterruptas horas de adrenalina, em que estive com os olhos projectados no ecrã, enquanto me retorcia na cadeira para resistir ao impacto das sequências

Além de um guião “hiper-esgalhado” existe neste trabalho conduzido por John Stockweel uma interessante realização. No mínimo tão claustrofóbica quanto a maioria das cenas do filme. Ou este produto não fosse rodado (80%) nas sempre misteriosas águas do oceano.

Com um argumento hiper-activo, e uma realização quase cirúrgica, estão reunidos num só trabalho dois dos pilares fundamentais para o sucesso de qualquer filme. É o que acontece em INTO THE BLUE.

Mas existe mais. Ao espectador é ainda oferecido um mundo inacessível à maioria do comum dos mortais. As indescritíveis “paisagens” subaquáticas do mar das Caraíbas. Cenas com peixes, peixinhos e tubarões. Se a este devorador apetite cinéfilo lhe disser que ainda pode adicionar Jessica Alba, de certeza, que não tem argumentos para resistir a esta tentação de filme.

Nem que seja pela curiosidade das paisagens, pelo bando de perigosos traficantes, ou pelo simples facto de poder mergulhar, de cabeça, numa espécie de “videoclip” retirado de uma qualquer banda em projecção mediática.

NOTA: hoje é o senhor do ecrã é ROBERT de Niro em The Bridge of San Luís Rey. À mesma hora, no mesmo sítio.

3 comentários:

Anónimo disse...

Angelino, tem juizo rapaz. Trazes estas coisas fofas e ainda dás cabo do meu coração

Anónimo disse...

Uma autêntica feira das vaidades... ou como diria o Carlos (oinc, oinc) Rodrigues: uma manifestação pura de provincianismo.

Anónimo disse...

Olá Angel


Em nada concordo com a dita qualidade do "Into de Blue". Trata-se de mais um enlatado americano promovido durante o Verão para os teenagers com os hormonios agitados. Mais, pareceu-me apenas um veículo promocional para a carreira de Jessica Alba e nada mais. Não passa de um filmezinho médio. Com uma realização mediana e um argumento ainda mais mediocre. E se queres ver mesmo imagens expectaculares subaquáticas está antes atento aos documentários sobre vida selvagem no National Geographic.
Quanto ao resto do Festival dito Internacional do Funchal tenho algumas críticas a fazer.
A primeira, faltou um leque de estreias de filmes em português realizados por jovens realizadores português. "Alice" teria sido uma oportunidade de ouro.
A organização, na minha opinião, deveria apostar nos jovens e acima de tudo em filmes europeus sem projecção. Mas, apostar mesmo! Muitas vezes os grandes nomes da cinematográfia internacional participam em projectos modestos, só pelo prazer de trabalhar com novos talentos. É nessa direcção que se deve ir. E não mostrar apenas o mais conhecido, o mais seguro, o mais óbvio.
Não posso deixar passar, por outro lado, o facto de se queriam mesmo fazer uma retrospectiva sobre a carreira de Cunha e Telles, mais valia terem-na feito extra-concurso. Não crítico a escolha per se. Ele merece o destaque. O horário poderia ter sido preenchido com outras fitas.
Concluíndo, se o FIF pretende demarcar-se de alguma forma no futuro, deve faze-lo pela diferença e não trazer para a Região uma série de filmes que quase ninguém quer ver, ou que a maioria já viu.
As curtas metragens, por outro lado, mereciam um maior destaque.
Nota positiva, contudo, à secção animarte. E para o cinema espanhol, com uma ressalva: O certame mais parecia um evento promocional da cinematográfia espanhola. Esperemos que de futuro vejamos em competição outros países que merecem também um lugar ao sol.

Beijos,


Marisa Frade.












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