30.6.06

Nem um tostão para Timor


Como não fiz parte da histeria nacional em torno da independência de Timor Leste, não sinto nenhuma comoção especial pelo caos que lá se vive. Até porque, bastava saber alguma coisa da história daquela metade de ilha para se perceber que qualquer plano civilizador não daria em nada.
Lembro-me até do boicote que se fazia a tudo quanto era made in Indonésia, como se, por serem feitos na Indonésia, eu (e muitos outros) deixasse de comprar gadgets ou calçado desportivo de qualidade. Lembro-me ainda da deprimente propaganda musical cantada pelos infelizes Trovante de mãos dadas com o palavroso Jorge Sampaio, que ainda se orgulha não se sabe bem de quê.

E hoje, como era inteiramente previsível, Timor é um saco de gatos. Ainda para mais infortúnio, os timorenses preferem os portugueses aos australianos. Se fizessem bem as contas, coisa de que duvido, o povo maubere ficaria bem melhor na companhia dos australianos, que certamente lhes extorquiria o petróleo, mas deixaria lá mais dignidade de vida do que Portugal deixou em três séculos.
Com pena fico é do meu amigo Paulo Rodrigues, que se viu forçado sem mais a zarpar daquela “floresta”. Já minha amiga Madalena Dias, que por lá andou “degredada” quatro anos a ensinar português, farei tudo para que esta boa mulher não volte a pôr lá os pés. Por isso, nem um tostão para Timor, da minha parte pelo menos.

2 comentários:

Tino disse...

Existe muita coisa que eu gostava de poder não pagar....mas pago, tipo Jornal da Madeira, Bandeiras Regionais, e uns livrinhos de propaganda que devem estar aí a aparecer.

Anónimo disse...

Cada vez tenho mais certeza que és uma besta, sem um pingo de massa cinzenta. Pior que ser burro é achar que se é inteligente!