Não sou anti-América. Não alinho da diabolização do presidente dos Estados Unidos que, a despeito do que afirma alguma esquerda intelectualóide europeia, foi eleito legitimamente pelos seus pares.
Também não gosto de ditadores. Não nutro qualquer simpatia por regimes autoritários, sejam eles de esquerda, de direita, oligárquicos ou teocráticos. Por isso, não tive, então - como não tenho agora - qualquer afeição pelo ex-ditador do Iraque. Gostei de vê-lo cair! Apenas lamentei que tal não tivesse acontecido mais cedo, aquando da primeira guerra do Golfo. Mas não sou indiferente à dor, ao sofrimento dos outros. Por isso chocam as imagens que vejo do Iraque. O rosto destas crianças, destes homens e mulheres que sofrem por uma guerra que não é sua horroriza. O rosto dos que tombam e o dos que sobrevivem.
A diplomacia moderna arranjou uma forma simpática de denominar estas atrocidades: danos colaterais. Mas o eufemismo desfaz-se perante as lágrimas de uma criança. Qualquer tentativa racional de justificar os erros, cai por terra perante o corpo inanimado de um bebé. E ficamos apenas com as palavras entaladas na garganta, sem as conseguir verbalizar: não é justo. Não é humano!
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