22.8.07

Verde é a cor do Verão

Um bando de mimados invadiu o milheiral alheio e dedicou-se à destruição. A iniciativa, a cargo duma coisa obscura que atende pelo nome “Verde Eufémia”, teve a complacência da GNR que assistiu a tudo impávida e serena, como se nada tivesse a ver com o assunto. O propósito da iniciativa visava protestar (?) contra a introdução/produção de transgénicos, qualquer coisa de intolerável para os “verde-eufémios” como alguém brilhantemente os apelidou. Mau grado a ignorância grosseira sobre o assunto, coisa demasiado frequente nos assuntos ecológicos e ambientais junto de certas camadas políticas tidas como esclarecidas (?), ficamos também a saber que o movimento teve o beneplácito do Dr. Louçã, o líder espiritual de vários movimentos subversivos que lutam pelos direitos do milho, do chicharro e do cheiro da bosta de vaca. Eu nada tenho contra os verdes, os eufémios, os verde-eufémios e outras espécies bolorentas que gostam de tambores, de lenços, de fumar charros, do Trotsky e de incomodar a natureza com gritos e sons histéricos. Mas duas sugestões. A primeira para as autoridades: castiguem os meninos obrigando-os a plantar o milheiral que destruíram, de enxada na mão e saca às costas (o Dr. Louçã podia fazer de capataz do empreendimento, por exemplo). A segunda para os meninos: experimentem fumar outros tipos de folhas (transgénicas ou não, fica ao vosso critério) porque está mais que visto que aquelas que andam a consumir estão-lhes a destruir os neurónios, como infelizmente todos podemos constatar pela tristeza das imagens e das palavras dos seus responsáveis.