20.5.09

Imoralidade domina actualidade do governo socialista

Parece-me evidente que o presidente do IEFP manipulou os dados do desemprego. Se a mando do ministro da tutela, para evitar que se chegasse a essa barreira psicológica dos 500 mil desempregados, se por sua auto-recriação, importa averiguar. Do que não restam dúvidas é de que houve um acto deliberado e não nos venham tentar enganar com erros informáticos. Isso já começa a ser parra que deu uva.
A minha maior estranheza é que, contudo, um acto como este não seja assumido politicamente por ninguém, nem que daí sejam extraídas as necessárias consequências. Surpreende-me? É verdade, conforme um comentador anónimo sugeria aqui há uns tempos, eu sou ingénuo e ainda acredito numa forma séria de estar na política.

O mesmo aplica-se, naturalmente, ao presidente do Eurojust. Talvez seja como ele diz e evocou ilegitimamente os nomes do primeiro-ministro e do ministro da Justiça para pressionar os seus colegas magistrados (é curioso que o nome de Sócrates seja evocado ilegitimamente tantas vezes. Era capaz de ser interessante fazer um estudo sociológico sobre o assunto, isto é, saber porque é que tanta gente se sente legitimada a recorrer ao nome do primeiro-ministro quando quer cometer uma qualquer ilegalidade [ou imoralidade]).
Mas esta possibilidade não é menos preocupante: denuncia uma certa forma de estar na política de alguns socialistas (de outros quadrantes também haverá, mas não me lembro de tanto caso como agora). É que o Lopes da Mota não é um mero magistrado: é um ex-secretário de Estado de um governo socialista.
Ninguém retirar daqui consequências é imoral, indecente e prenuncia uma total falta de respeito pela ética democrática.
Esta situação é tão mais grave quando estamos à beira de eleições. Este tipo de situação faz-me temer pela total falta de escrúpulos que alguns socialistas mais proactivos possam vir a adoptar. A quantidade de governadores civis, de directores de serviços que possam seguir estes (bons) exemplos, assusta-me
Ainda para mais, quando parece que para o PS toda a situação é normal e ninguém assume o embaraço internacional que esta situação está a causar.
Temo mesmo que os próximos tempos venham a ser negros...

1 comentário:

Anónimo disse...

Eu pessoalmente tendo em conta os últimos governos e a ostensiva falta de respeito que os políticos portugueses demonstram em relação ao povo( e que desde já acrescento, merecemos!Porque as taxas de abstenção são uma vergonha nacional) e sendo uma cidadã participativa desde sempre, quer através de voto, quer em manifestações, tudo o que tenho a dizer é que o meu voto será em branco!!! Desisti de um país que se recusa abrir os olhos perante uma realidade pautada pela corrupção constante,pelo mercantilismo pessoal e pela ausência de patriotrismo, sim! Parece estranho, mas é mesmo isso!
Por isso, decidi passar um cartão branco à política portuguesa em todas às frentes. Podem refutar que é a pior altura para o fazer. Não aceito. Nada como o caos para o surgimento de uma nova ordem, ou talvés não?
beijos,

Marisa frade