Elas queixam-se deles.
Eles, delas, mas creio que existem pormenores que marcam a diferença.
É o caso deste. Tenho um amigo que, imaginem - decidiu adoptar um gatinho.
Acho que existem poucos homens com uma atitude tão carinhosa. Eu, confesso, não tenho feitio para adoptar um gatinho. Ele ligou para onde oferecem os gatos, e, no mesmo dia, foi vê-los.
Há anos, conheci uma outra pessoa, cuja paixão eram “gatas”.
O desejo era de tal forma, intenso, que se matriculou na Cambridge para aprender inglês. Queria através da língua de Shakespeare, chegar mais perto de uma gatinha.
Ela estava de passagem por Lisboa. Era dançarina numa casa nocturna. Não me lembro o nome da casa, mas recordo-me do local. Ficava a meio da Avenida da Liberdade. Mais precisamente, na Praça da Alegria. Passei por lá, numa noite. Na verdade, foram 5 casas que visitei, na companhia desse meu amigo. Na verdade, só agora descobri que ele me convidou para ver a tal gata.
Considero os dois gestos: – o de adoptar um gato e o de aprender inglês para comunicar com uma gata altruístas. Diria, de verdadeiros cavalheiros. Talvez como já não existem, e se existiram, de certeza que são personagens de livros.
Não é fácil juntá-los nesta crónica. Estão separados pelo tempo. São 10 anos de diferença. O amigo que quer adoptar um gato, ainda não o fez e quem queria “comer” a gata inglesa, nunca cheguei a saber se a felina simpatizou com o macho.
Oxalá o gato, nunca descubra a verdade.
Imagino que a médica veterinária esteja vacinada.
1 comentário:
Um homem que está disposto a ter os sofás todos rasgados pelas unhas de um gatinho e a ter os cortinados em frangalhos com os saltos mortais de um pequeno felino, merece a pequena!! Sem dúvida!!
Enviar um comentário