Ontem, Roland Garros teve um dia histórico, com a eliminação do superfavorito Nadal e da vencedora do ano passado, Ana Ivanovic.
Foi a primeira derrota da carreira de Nadal em Roland Garros (até ontem, tinha 30 jogos, 30 vitórias) e logo contra um adversário, Soderling, a quem derrotara, há pouco tempo, por 2-0 (6-0 e 6-1). Foi-se a hipótese de ultrapassar o mítico Bjorn Borg com 5 vitórias seguidas no grand slam francês.
Em Madrid começou a notar-se que Nadal não estava a jogar bem. No "masters" da capital do seu país chegou à final, mas foi batido, de forma surpreendentemente fácil, por Federer. Durante o torneio teve dias muito dificeis, nomeadamente a meia-final contra Djokovic, tendo sido obrigado a salvar quatro (se não estou em erros) match points.
Roland Garros foi o culminar de uma estranha época de Nadal, que começou de forma extraordinária (vitória na Australia, primeiro grand slam do ano), vitórias em Indian Wells, Monte Carlo, Barcelona, Roma, finais em Roterdão e Madrid e que está, neste momento, a ser muito complicada.
Vamos ver se este descanso forçado dá ao campeão espanhol tempo para preparar a época de relva, nomeadamente Wimbledon. Em Queen's, daqui a aproximadamente 15 dias, Nadal poderá começar a dar uma resposta, sendo certo, porém, que aconteça o que acontecer o tenista tem o primeiro lugar garantido até ao final do ano.
Federer tem toda a responsabilidade do seu lado. Com Verdasco de fora, Murray em dificuldades, talvez o chileno Fernando Gonzalez possa ser uma ameaça consistente (está a jogar de forma extraordinária). Davidenko, um russo que de vez em quando renasce parece também muito bem contado nas "casas de apostas". Eu, pessoalmente, tenho muitas dúvidas que alguém coniga parar o ténis de Federer, que se assemelha, pela sua precisão, ao funcionamento de um relógio suiço.
Post-Scriptum: Neste momento Federer joga contra Tommy Haas. Perdeu o primeiro set, no tie-break.
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