Aí está: Federer está na final de Roland Garros. Foi mais uma vitória em cinco sets, depois de ter estado a perder por 2-1. Tal como contra o veterano alemão Tommy Haas, o suiço teve de travar uma autêntica batalha para vencer o jovem (apenas 20 anos) argentino Juan Martin del Potro, número 5 do mundo.
Aconteça o que acontecer no domingo estaremos perante uma bela história. Se ganhar Robin Soderling será uma história que falará sobre esperança, crença e fé, protagonizada por um tenista que começou por ser uma grande promessa (foi 4º do ranking mundial de juniores), que depois viu a carreira descer de forma abrupta e que vem, aos poucos, renascendo. Hoje, Soderling chegou ao seu Shangri-la. Para ficar ou apenas para ver como é?
Se ganhar Federer escrever-se-á uma espécie de conto de fadas. O suiço é considerado, por muitos, como o melhor jogador de ténis de todos os tempos. Ganhou todos os grand slam com excepção de... Roland Garros (perdeu as últimas duas finais contra a sua besta negra, Rafael Nadal). Foi primeiro no ranking entre Fevereiro de 2004 e Agosto de 2008, quando um super Nadal o ultrapassou sem se fazer rogado. Joga um ténis quase perfeito, um hino à estética. É uma espécie de principe encantado dos courts. Talvez por isso seja o favorito do público francês que o tem, autênticamente, levado em ombros até à final. Se ganhar, concretizar-se-á um final feliz que vem sendo adiado ano após ano.
Honestamente, espero ver o jogo sem tomar partido. Porque se por um lado gostava de ver essa espécie de Robin dos Bosques em versão sueca continuar a surpreender o mundo, por outro creio que a carreira de Federer merece Roland Garros.
Esta final poderá ser uma das últimas oportunidades do suiço. Ele demonstrou, esta tarde, que está com enorme vontade de vencer. Mas aquela direita do Soderling pode fazer muita mossa...
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