17.1.10

Cotidiano nº2

Hay dias que no se lo que se pasa
E abro o meu Neruda e apago o sol
Misturo poesia com cachaça
E acabo discutindo futebol
Mas não tem nada, não tenho meu violão
Acordo de manhã, pão com manteiga
E muito, muito sangue no jornal
Aí a criançada toda chega
E eu chego achar Herodes natural
Depois faço a loteca com a patroa
Quem sabe o nosso dia vai chegar
E rio, porque rico ri à toa
Também não custa nada imaginar
Aos sábados em casa tomo um porre
E sonho soluções fenomenais
Mas quando o sono vem e a noite morre
O dia conta histórias sempre iguais
Às vezes quero crer mas não consigo
É tudo uma total insensatez
Aí pergunto a Deus: escute, amigo
Se foi prá desfazer porque é que fez


Toquinho

1 comentário:

Anónimo disse...

http://mamadeiralaranja.blogspot.com/2010/01/cromo-do-ano-2009-eduardo-freitas.html