Segunda nota: José Gil, filósofo de repente na moda e que eu ando a ler com algum interesse, diz-nos que duas das razões principais para a manutenção do divórcio português entre conhecimento e democracia, são a ausência de um verdadeiro espaço público (na noção de Habermas) onde as coisas se debatam e onde exista verdadeira e empenhada participação; e a já tão propalada não-inscrição, ou o facto de neste país à beira-mar plantado com muitos anos de história, nada de facto acontecer “que marque o real, que o transforme, que o abra”. Infelizmente, é muito provável que tenha razão.
Um apontamento: Gosto do nome do blogue, mas não consigo desvendar a suposta mensagem subliminar que ele oculta. Mas diga-se em abono da verdade: não sou muito imaginativo nem grande detective. Dificilmente conseguiria desvendar um enigma.
Bruno Macedo