1.4.05

Os líderes transitórios do PSD

Está visto que Marques Mendes e Luís Filipe Menezes, a serem eleitos líderes do PSD (um deles terá fatalmente que o ser) não passarão da transitoriedade.
Marques Mendes, apesar da sua honradez e coerência, atingiu o “princípio de Peter” como porta-voz do Conselho de Ministros de Cavaco Silva. Luís Filipe Menezes é astuto, mas demasiado truculento e com nenhuma capacidade para gerar consensos, como é o exemplo “medieval” das guerras entre Porto e Gaia com que ninguém nada ganhou.
Para o PSD ganhar eleições vai restar o quem? Vai restar António Borges. Bem sei que os portugueses, do passado e de hoje, não vão com estrangeirados. Mas o homem, aqui e em qualquer parte do mundo, é bom no que faz. O resto é inveja. Portugal tem sobretudo um grande problema de gestão e de organização, não tem um problema de retórica. E António Borges tem um perfil, pelo menos, mais adequado do que Mendes e Menezes.
O PSD-Madeira, como penso, sabiamente não deu a cara por nenhum deles. E fez muito bem.

3 comentários:

Anónimo disse...

Não queiras promover o António Borges ao seu nivel de incompetência. Ele é bom no que faz mas não lhe conheço nenhum pensamento que me leve a afirmar que seria um bom lider partidário ou bom gestor público. Talvez possa sê-lo mas eu não apostaria tudo nesse cavalo.

Magno Velloza disse...

o "príncipio de Peter" era só para enganar. Om meu amigo tá atento.
Magno

O Homem das Ilhas disse...

A presença do Sebastianismo é, por demais evidente, neste comentário do Magno.
E, por ser uma característica "inata" do povo português, surge sempre em tempos de crise, nomeadamente crise política.
O comentário reflete uma corrente de opinião muito em voga actualmente, a do "líder transitório ou de preparação", que conduz o Partido na oposição e que sai para que o "líder de futuro e de Governo" assuma o comando e se candidate às eleições ...
Não é caso único no PSD e no PS acabou de acontecer ...
Mas, e apesar do mérito que lhe é reconhecido por todos, terá António Borges, estofo para liderar um PSD que "se quer" forte para concorrer às próximas legislativas ?
Poderá ele liderar uma alternativa de Governo credível para o país ?
Acho que nenhum de nós pode afirmar, sim ou não, com coerência ...
Pouco o conhecemos, e mesmo tendo visto a entrevista dele ao programa "Diga lá, Excelência", e outras intervenções esporádicas, continuo a conhecer muito pouco ...
Este fim de semana temos o Congresso do PSD, a ver vamos se o ficamos a conhecer melhor ...