"Reúne sete ou oito sábios e tornar-se-ão outros tantos tolos, pois incapazes de chegar a acordo entre eles, discutem as coisas em vez de as fazerem" - António da Venafro
Li atentamente o seu post e o seu comentário anteriores e antes de mais não posso deixar de notar que a sua posição também é extrema. Se a Esquerda apoia incondicionalmente a causa palestiniana (e lembro-me das vergonhasas manifestações de solidariedade para com um dos maiores terroristas de sempre, como o Arafat), também noto que, de acordo com as suas afirmações, considera os líderes israelitas como uns autênticos humanistas. Disse que os bombardeamentos israelitas não matam indiscriminadamente: mas serão virtuais as imagens de destruição, morte e desespero que continuadamente vemos em todos os órgãos de comunicação social? Para além disso parece-me que esquece razões históricas que justificam a luta dos palestinianos. O Estado de Israel foi "inventado" pelo Ocidente, como sabe, no final da Segunda Grande Guerra. Os Palestinianos já lá estavam. Há alguns milhares de anos... e não têm culpa que os judeus tenham sido apátridas durante dois mil anos. Impôr as "12 tribos", seria o mesmo que virem os árabes nos reclamarem a Península. Até admito a legitimidade da defesa de Israel, mas caro, temos que chamar as coisas pelo seu nome: se a luta dos palestianianos recorre a formas vis como o terrorismo, também Israel promove terrorismo de Estado. E tentar branquear esta realidade, é definitivamente contribuir para o extremar de posições. Nesta Guerra não há santos: apenas vítimas!
PS - Sabe o que é que mais me choca? É que passados apenas 60 anos após o Holocausto, os Judeus esqueceram o que é ser perseguido. Os homens não deveriam ter esquecido tão rapidamente e muito menos os judeus. O legado de Levinas está perdido...
Estamos entendidos e as posições estão esclarecidas. Apenas um esclarecimento. Eu não afirmei que o Povo Judeu não tem direito de ali estar. O "Éden", de onde foram expulsos Adão e Eva fica ali nas redondezas (perdoe-me a graçola). Eu quis apenas dizer que não me parece justo que após 2 mil anos, chegue dois ou três países, com capacidade militar para impôr a sua vontade e dizer: aqui será o estado de Israel. Portanto, ponham-se a andar, que os judeus regressaram. As vossas casas, os vossos terrenos, os poços de água (que como sabe é um dos bens mais escassos por aquelas paragens e motivo fundamental para os falhanços nos processos de paz) serão rodeados por colonatos judeus. Isto é que não me parece justo e não é assim que se cria um Estado. Um país não nasce assim!
PS - como eu sou um optimista, acho possível que os dois povos possam viver lado a lado em harmonia. Se houver um pouco de boa vontade... Ainda para mais porque têm características culturais muito próximas, que raio!
PS1 - É verdade que há manipulação da informação (não nos esqueçamos que grande parte dos órgãos de comunicação social de referência do Ocidente têm uma matriz editorial profundamente de Esquerda). Mas, por outro lado, também há muita manipulação e ocultação de factos do outro lado, como muito bem sabe.
2 comentários:
Li atentamente o seu post e o seu comentário anteriores e antes de mais não posso deixar de notar que a sua posição também é extrema. Se a Esquerda apoia incondicionalmente a causa palestiniana (e lembro-me das vergonhasas manifestações de solidariedade para com um dos maiores terroristas de sempre, como o Arafat), também noto que, de acordo com as suas afirmações, considera os líderes israelitas como uns autênticos humanistas. Disse que os bombardeamentos israelitas não matam indiscriminadamente: mas serão virtuais as imagens de destruição, morte e desespero que continuadamente vemos em todos os órgãos de comunicação social?
Para além disso parece-me que esquece razões históricas que justificam a luta dos palestinianos. O Estado de Israel foi "inventado" pelo Ocidente, como sabe, no final da Segunda Grande Guerra. Os Palestinianos já lá estavam. Há alguns milhares de anos... e não têm culpa que os judeus tenham sido apátridas durante dois mil anos. Impôr as "12 tribos", seria o mesmo que virem os árabes nos reclamarem a Península. Até admito a legitimidade da defesa de Israel, mas caro, temos que chamar as coisas pelo seu nome: se a luta dos palestianianos recorre a formas vis como o terrorismo, também Israel promove terrorismo de Estado. E tentar branquear esta realidade, é definitivamente contribuir para o extremar de posições. Nesta Guerra não há santos: apenas vítimas!
PS - Sabe o que é que mais me choca? É que passados apenas 60 anos após o Holocausto, os Judeus esqueceram o que é ser perseguido. Os homens não deveriam ter esquecido tão rapidamente e muito menos os judeus. O legado de Levinas está perdido...
Estamos entendidos e as posições estão esclarecidas.
Apenas um esclarecimento. Eu não afirmei que o Povo Judeu não tem direito de ali estar. O "Éden", de onde foram expulsos Adão e Eva fica ali nas redondezas (perdoe-me a graçola). Eu quis apenas dizer que não me parece justo que após 2 mil anos, chegue dois ou três países, com capacidade militar para impôr a sua vontade e dizer: aqui será o estado de Israel. Portanto, ponham-se a andar, que os judeus regressaram. As vossas casas, os vossos terrenos, os poços de água (que como sabe é um dos bens mais escassos por aquelas paragens e motivo fundamental para os falhanços nos processos de paz) serão rodeados por colonatos judeus. Isto é que não me parece justo e não é assim que se cria um Estado. Um país não nasce assim!
PS - como eu sou um optimista, acho possível que os dois povos possam viver lado a lado em harmonia. Se houver um pouco de boa vontade... Ainda para mais porque têm características culturais muito próximas, que raio!
PS1 - É verdade que há manipulação da informação (não nos esqueçamos que grande parte dos órgãos de comunicação social de referência do Ocidente têm uma matriz editorial profundamente de Esquerda). Mas, por outro lado, também há muita manipulação e ocultação de factos do outro lado, como muito bem sabe.
Os meus cumprimentos
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