Depois de ter pactuado com um dos maiores actos de caciquismo político de que há memória, a Câmara da Calheta percebeu que a debandada dos surfistas teve impactos francamente negativos na freguesia do Jardim do Mar. Um ano depois, já sem pranchas de surf no horizonte, Baeta percebeu! Ou fingiu ter percebido, o que para o caso em apreço é exactamente a mesma coisa.
À quebra de receitas turísticas somou-se o fim da visibilidade internacional que as ondas davam à freguesia. Recordo-vos que manobras feitas no Jardim foram capa de algumas das mais conhecidas revistas de surf à escala mundial. Enfim, nada que não se adivinhasse.
Agora, em ano de autárquicas, Baeta vem prometer a realização de um campeonato de Windsurf. E garante que as obras da Grande Mulhara do Jardim (do Mar) não acabaram com as condições para a práctica de surf. Pois é, ele garante, mas quanto a surfistas, nem a objectiva do jornal os consegue captar...
Aquilo que se passou no Jardim do Mar foi um dos melhores exemplos do mau exercício da política. A Câmara da Calheta limitou-se a obedecer às instruções do Funchal, sem questionar, e sem olhar ao interesse das populações que devia representar. Deu-se mal. E agora vai ter de ser Baeta a dar as explicações. Porque do Funchal, ninguém fala. A falta de coragem política, meus caros, paga-se...
Já agora, a população do Jardim também tem culpas no cartório. Porque se deixou instrumentalizar de forma quase ridícula.
É assim a vida. Ou há coragem, ou todos perdem.
1 comentário:
Não fingiu, percebeu mesmo. Agora vem clamar que irá realizar (ou tentar) um campeonato de surf. Mas depois das eleições de Outubro saber-se-á que afinal não será possível por esta ou aquela razão. E a população, a acreditar no que agora é dito, lá vai depositar o voto na urna, na remota esperança que o erro seja corrigido. Azar. Já vão tarde...
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