Está numa sala, algures perto do seu sofá, um filme interessante. Chama-se “A ILHA”. Sei que o título pode lhe parecer perverso. Sobretudo, para quem já vive rodeado de mar, mas vale apena espreitar este enigma.
A história aborda a clonagem de seres humanas. Algo que julgo,
não estarmos muito distantes, apesar do cepticismo com que,
ainda algumas pessoas, olham para o assunto. O futuro, do meu
ponto de vista, nesta matéria, foi ontem, e aconteceu hoje.
Não sei porquê, mas já não fazem intervalos, para fazer umas curtas considerações, entre a primeira e a segunda parte do filme. Mesmo assim, não resisto. Vou dividi-lo virtualmente em duas partes.
A primeira, excelente. A segunda, o oposto. Algo intragável e super americanizado. Enfim, nada que os espectadores, mais cinéfilos, já não estejam habituados.
Desconheço pormenores do argumento, mas existe um livro – Admirável Mundo Novo – que se não foi utilizado, aborda a questão levantada pelo filme. Foi escrito algures em 1947. É portanto, uma obra vanguardista, tal como, a tal primeira parte da “ILHA”.
O resto do filme é uma desilusão. Até parece que foram duas pessoas diferentes, que escreveram o argumento. Uma, fez a tal fabulosa primeira parte, a outra, a desastrosa segunda. Caso contrário, até poderia ser um filme de culto. Trabalha com “códigos” em vez de imagens. Sente-se o inóspito lugar - para nós seres humanos - do ambiente da acção. A clausura ……………………
Veja, e depois diga qualquer coisa.
Angelino Mata Câmara
Sem comentários:
Enviar um comentário