Costumo dizer que o futebol em Portugal é demasiado mau. Na verdade, quanto a mim, esta é uma evidência sem necessidade de grande comprovação. Ainda há pouco, o líder da prova entrou em campo com um tal de Ivanildo, um desastroso Alan, um inexistente Adriano, um ridículo Bosingwa e com um central mais conhecido na luta livre do que no futebol. Pelo meio, jogou ainda esse extraordinário Jorginho, candidato a pior jogador da liga das apostas. E o Marítimo, claro, ajudando à festa, conseguiu perder um jogo parecido com um filme de terror: mau demais para ser verdade. Há alguns anos atrás, uma equipa destas seria impossível num clube que lutasse pelo título. Hoje é uma prática recorrente e a fazer escola. Ao contrário do que muitos pensaram (eu inclusive) os holandeses que aterraram em Portugal no último defeso não trouxeram consigo nada de novo ou sequer de inovador. Trouxeram absurdos inexplicáveis disfarçados de tácticas e ilusões escondidas na suposta notoriedade dos seus currículos. Porto e Benfica são consequentemente erros de casting profundos que sobrevivem mais pelo peso das suas camisolas do que propriamente pela qualidade do seu futebol de todo inexistente. O futebol em Portugal piora a olhos vistos. Só não vê quem não quer. Mas continua-se a acreditar em milagres.
B. Macedo