22.2.06

A sorte é que são socialistas

Mais duas notícias fabulosas, provenientes daquele verdadeiro manicómio socialista a que chamamos governo.

1ª - Todos nós vamos financiar a compra da PT, pela SONAE. Ficamos hoje a saber que o grupo de Belmiro de Azevedo, caso obtenha luz verde para a aquisição a Telecom portuguesa, com certeza não pagará IRC durante muitos aninhos, pois apresentará prejuízos ano após ano. E o mesmo governo que pede ao coitado que ganha 500€/mês para fazer sacrifícios em nome do bem comum, vai fazer este favorzinho ao Sr. Belmiro. Anualmente, a perda de receita ficará à volta dos 3 mil milhões de Euros. Coisa pouca, portanto, mas que era capaz de dar um jeitão ao Fundo de Pensões (aquele que o Sr. Ministro das Finanças teme que venha a falir).
Desde já aviso: também quero a minha quota parte nos lucros da PT e da SONAE, já que estou a financiá-las. E também quero poder apresentar resultados anuais negativos – o que de resto nem é difícil, porque a miséria que ganho chega para as despesas, mas muito à justa –, logo tendo direito à totalidade do que paguei ao IRS.

2ª - O Sr. ministro dos Negócios Estrangeiros, depois de despedir 39 funcionários do Ministério, nomeou amigos para cargos importantes e acima de tudo bem remunerados. Cada um dos amigos vai receber cerca de 13.000,00€. Diz-se que dois deles foram indicados pelo “diamond man”, mais conhecido por “bochechas”. Mas podem apenas as más-línguas e o miserabilismo, tipicamente português, a falar. Gostei foi da explicação para a contratação do conselheiro da UNESCO em Paris: “O dr. Martins Goulart é professor catedrático de Filosofia e corresponde à filosofia da UNESCO”. Bem, com esta explicação, vou que me colocar a jeito. Pode ser que necessitem de mais alguns profs de filosofia. E é verdade que não sou catedrático, mas também sou mais barato (uns quaisquer 4 mil Euros resolviam a questão).

8 comentários:

Anónimo disse...

Mas nem é preciso qualquer curso superior, basta ter o cartão do portido que continua a (des)governar para os "boys".
Assim , só nos resta emigrar, porque este país não é nosso......



Alguém se está a esquecer do seu lugar de deputado, ao qual ele não
renunciou, nem suspendeu...





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.: País do caraças....INACREDITÁVEL








APESAR de ter apenas 50 anos de idade e de gozar de plena saúde, o
socialista Vasco Franco, número dois do PS na Câmara de Lisboa durante as
presidências de Jorge Sampaio e de João Soares, está já reformado.



A pensão mensal que lhe foi atribuída ascende a 3.035 euros (608
contos), um valor bastante acima do seu vencimento como vereador.



A generosidade estatal decorre da categoria com que foi aposentado -
técnico superior de 1ª classe, segundo o «Diário da República» - apesar
de as suas habilitações literárias se ficarem pelo antigo Curso Geral
do Comércio, equivalente ao actual 9º ano de escolaridade.



A contagem do tempo de serviço de Vasco Franco é outro privilégio
raro, num país que pondera elevar a idade de reforma para os 68 anos, para
evitar a ruptura da Segurança Social.

O dirigente socialista entrou para os quadros do Ministério da
Administração Interna em 1972, e dos 30 anos passados só ali cumpriu sete de
dedicação exclusiva; três foram para o serviço militar e os restantes 20
na vereação da Câmara de Lisboa, doze dos quais a tempo inteiro. Vasco
Franco diz que é tudo legal e que a lei o autoriza a contar a dobrar 10
dos 12 anos como vereador a tempo inteiro.



Triplicar o salário. Já depois de ter entregue o pedido de reforma,
Vasco Franco foi convidado para administrador da Sanest, com um ordenado
líquido de 4000 euros mensais (800 contos). Trata-se de uma sociedade
de capitais públicos, comparticipada pelas Câmaras da Amadora, Cascais,
Oeiras e Sintra e pela empresa Águas de Portugal, que gere o sistema de
saneamento da Costa do Estoril. O convite partiu do reeleito presidente
da Câmara da Amadora, Joaquim Raposo, cuja mulher é secretária de Vasco
Franco na Câmara de Lisboa. O contrato, iniciado em Abril, vigora por
um período de 18 meses.

A acumulação de vencimentos foi autorizada pelo Governo mas, nos
termos do acordo, o salário de administrador é reduzido em 50% - para 2000
euros - a partir de Julho, mês em que se inicia a reforma, disse ao
EXPRESSO Vasco Franco.



Não se ficam, no entanto, por aqui os contributos da fazenda pública
para o bolo salarial do dirigente socialista reformado. A somar aos mais
de 5000 euros da reforma e do lugar de administrador, Vasco Franco
recebe ainda mais 900 euros de outra reforma, por ter sido ferido em
combate em Moçambique já depois do 25 de Abril (????????), e cerca de 250
euros em senhas de presença pela actuação como vereador sem pelouro.



Contas feitas, o novo reformado triplicou o salário que auferia no
activo, ganhando agora mais de 1200 contos limpos. Além de carro,
motorista, secretária, assessores e telemóvel.

Anónimo disse...

Claro está que as centenas de tachos criados na Madeira pelo PSD não existem, desde os filhos dos Governantes a começar pelo proprio Jardim.

Claro está que o proprio Jardim não acumula a reforma com o ordenado.

Claro está que não existem dezzenas de "conselheiros técnicos" muitos deles reformados e a acumuar vencimentos.

Não, isto foi sonhado....

Anónimo disse...

O Sr. MNE acabou com os tachos vergonhosos criados pelo PSD na Diplomacia, como era o caso da Maria Elisa noemada adidad cultural na Embaixada de Londres e abriu concurso para esses lugares.

De tachos o PSD não pode falar, por que a história não mente!

Sancho Gomes disse...

Caro Provocador: pois é!

Caros anónimos: então se os tachos forem para socialistas não há problema?! É isso que vocês querem dizer?

Anónimo disse...

Não que queremos dizer é quem tem telhados de vidro não atira pedras!

Sancho Gomes disse...

Até tenho alguns telhados de vidro, é verdade. Mas (in)felizmente nunca tive tachos!

Tino disse...

Quanto aos tachos não me apetece fazer comentários. No entanto quanto ao financiamento da OPA que tanto escandalizou o Sancho à algumas coisas que precisam ser ditas.
Quando a PT conprou a rede publica de telecomunicações ao estado ficou com muito menos lucros, isto é, pagou muito menos impostos. Poderiamos dizer que desta maneira o estado (todos nós) financiou esta operação.
Além disso como a situação financeira era calamitosa o valor pago pela rede foi inferior ao valor de mercado (ganhamos menos, mais uma vez, todos nós).
Para finalizar a venda da rede publica foi feita de maneira que punha grandes entraves á concorrência, uma vez que o grupo PT possuia duas redes concorrentes, cobre e cabo, sendo um dos factores que mais fazem subir o preço das telecomunicações em Portugal.
Sabem em que governo é que isto foi possivél? No Governo do PSD/CDS de Manuela Ferreira Leite, é claro.

Anónimo disse...

Caro Tino (espero que não seja o de Rãs...De Rãs não, carago, de Rans),

você leu o que escrevi? O que me incomoda é que o dinheiro dos contribuintes pequeninos pague a factura destes investimentos milionários.