1.8.06

A digressão

Numa pequena digressão pelo mundo, Chávez, um conhecido “democrata”, anda à procura de aliados para a sua infinita luta contra os americanos. Chávez, como todos sabem, julga-se importante. E julga-se com capacidade para incomodar os Estados Unidos e as suas políticas, como se eles não dormissem preocupados com tal criatura. Claro que Chávez tem tempo de antena devido ao discurso radical antiamericano e por ser, na sua generalidade, um perigoso, mas pelos vistos respeitado, populista que anda a criar exércitos de um milhão de homens em negociatas perigosas de armamento enquanto destrói os recursos de um país que vive da exportação do petróleo. Chávez vale o que vale. E perante uma comunicação social benévola e conivente nada como andar a fazer um périplo por aí passeando a sua retórica de bolso que se diz protectora dos fracos e oprimidos do capitalismo. Na sua cruzada recente, deu-se ao luxo de ser recebido, por exemplo, por gente ilustre como Zapatero e Sócrates, dois conhecidos homens de esquerda, mas cujo poder caiu no colo, como por certo se recordarão. E propôs-se continuar a senda na Bielorússia e, agora, mais recentemente, no Vietname onde voltou a apelar a uma frente mundial antiamericana. Não sei que tipo de gente admira este ser, mas pelas companhias percebe-se logo que a coisa não deve ser lá muito recomendável.