25.9.06

Estudar é uma festa

A Associação Académica da UMa veio anunciar ao mundo que a semana do caloiro vai crescer para dar lugar ao mês do caloiro. A rapaziada não faz a coisa por menos: se antes, e numa semana, as coisas já eram o que eram, imaginem um mês para tanta travessura. Claro que a desculpa do costume passa pela imperiosa necessidade de integração dos mais novos que, coitados, chegam à Universidade sem conhecer ninguém e sem saber como lidar com multidões em ambientes hostis. Não estamos no manicómio, mas os mais velhos, evidentemente, não querem que nada falte aos caloiros, incluindo umas belas pinturas no rosto e uma demonstração integral de que sabem ladrar quando estão de quatro e na praça pública. Não sei se semelhante dislate aplicar-se-á também à semana académica, mas convém esperar tudo destas humildes cabecinhas e das suas absurdas tentativas de prolongar a festa. No fundo – sempre podem justificar –, se é preciso um mês para entrar na universidade, é preciso um mês para sair dela.
Entretanto, um festival internacional de tunas vai durar três dias em Outubro. Esperam-se seis agrupamentos e uma centena de estudantes de vários pontos do país. Confesso que nunca gostei do género, repetitivo e monótono até à exaustão, mas isso, desconfio eu, é culpa do meu fraco e pouco educado ouvido musical. Mas estou extasiado com tanta actividade e ritmo académicos. Não há dúvida que estudar é uma festa.