Este post esteve para ser um comentário. Mas porque o assunto me merece bastante respeito, publico-o nesta forma. Como embrião de comentário, tinha um destinatário, neste caso uma rainha, que manterei.
Reconheço que a vida de Um Homem que marcou indelevelmente a história da Humanidade suscita paixões e, por vezes, obsessões. Por isso concebo que muitas pessoas Lhe dediquem a sua vida e que exista a obsessão em encontrar fragmentos da Sua passagem entre nós. Não é, portanto, a pertinência do trabalho do James Cameron ou da equipa que defende ter encontrado o túmulo de Jesus Cristo que eu critico.
O que me preocupa verdadeiramente é o objectivo do documentário e das conclusões retiradas da pseudo-investigação. Sob a capa da ciência, os "investigadores" tentam minar o Catolicismo atacando um dos seus dogmas: a ressurreição do Corpo ((1 Paulo aos Coríntios 15:13-19). E utilizam ferramentas que impressionam, como a análise do ADN mitocondrial, ou a estatística, que podem levar ao engano os mais incautos. É fácil convencer utilizando argumentos alegadamente científicos, ainda que as "provas" apresentadas não tenham qualquer rigor científico. Mas isso, a maior parte das pessoas não sabe. A análise dos dados foi absolutamente enviezada e manipulada de modo a provar que o túmulo encontrado em Talpiot era de Jesus Cristo e que Ele seria casado com Madalena e que tinha um filho.
Esta "conspiração" é já antiga e vem na senda do famigerado Priorado de Sião inventado pelo louco Pierre Plantard; das interpretações abusivas dos denominados documentos do Mar Morto e, muito especialmente, do Evangelho de Filipe, o tal que seria irmão de Madalena. As conclusões a que chegaram os investigadores são portanto abusivas, especulativas e desonestas, uma vez que a investigação foi toda ela enviezada. E preocupa-me esta tendência actual de desconstruir o Cristianismo utilizando para tal a ignorância e argumentos fáceis, mas tentadores. O objectivo da equipa e a desonestidade da investigação estão, portanto, identificados. Aliás, desde o sucesso da cabala de Dan Brown, que engana deliberadamente os seus leitores - com evidente sucesso -, que uma horda de "investigadores" tenta destruir o cristianismo. Chegámos mesmo ao ponto de muitos católicos assumirem como provada a relação conjugal que uniria Jesus a Madalena. Não é a eventual relação que me preocupa. São as fórmulas utilizadas e o objectivo perseguido.
Quanto à questão da assinatura divina, cometi um erro no post anterior: Deus escondeu a sua assinatura apenas da Ciência, não do homem. A evidência da Sua assinatura revela-se diariamente na minha relação com Ele e na observação quotidiana do mundo. Basta estar atento e olhar de outra forma. Deus não se esconde: nós é que nem sempre somos capazes de O encontrar.
Reconheço que a vida de Um Homem que marcou indelevelmente a história da Humanidade suscita paixões e, por vezes, obsessões. Por isso concebo que muitas pessoas Lhe dediquem a sua vida e que exista a obsessão em encontrar fragmentos da Sua passagem entre nós. Não é, portanto, a pertinência do trabalho do James Cameron ou da equipa que defende ter encontrado o túmulo de Jesus Cristo que eu critico.
O que me preocupa verdadeiramente é o objectivo do documentário e das conclusões retiradas da pseudo-investigação. Sob a capa da ciência, os "investigadores" tentam minar o Catolicismo atacando um dos seus dogmas: a ressurreição do Corpo ((1 Paulo aos Coríntios 15:13-19). E utilizam ferramentas que impressionam, como a análise do ADN mitocondrial, ou a estatística, que podem levar ao engano os mais incautos. É fácil convencer utilizando argumentos alegadamente científicos, ainda que as "provas" apresentadas não tenham qualquer rigor científico. Mas isso, a maior parte das pessoas não sabe. A análise dos dados foi absolutamente enviezada e manipulada de modo a provar que o túmulo encontrado em Talpiot era de Jesus Cristo e que Ele seria casado com Madalena e que tinha um filho.
Esta "conspiração" é já antiga e vem na senda do famigerado Priorado de Sião inventado pelo louco Pierre Plantard; das interpretações abusivas dos denominados documentos do Mar Morto e, muito especialmente, do Evangelho de Filipe, o tal que seria irmão de Madalena. As conclusões a que chegaram os investigadores são portanto abusivas, especulativas e desonestas, uma vez que a investigação foi toda ela enviezada. E preocupa-me esta tendência actual de desconstruir o Cristianismo utilizando para tal a ignorância e argumentos fáceis, mas tentadores. O objectivo da equipa e a desonestidade da investigação estão, portanto, identificados. Aliás, desde o sucesso da cabala de Dan Brown, que engana deliberadamente os seus leitores - com evidente sucesso -, que uma horda de "investigadores" tenta destruir o cristianismo. Chegámos mesmo ao ponto de muitos católicos assumirem como provada a relação conjugal que uniria Jesus a Madalena. Não é a eventual relação que me preocupa. São as fórmulas utilizadas e o objectivo perseguido.
Quanto à questão da assinatura divina, cometi um erro no post anterior: Deus escondeu a sua assinatura apenas da Ciência, não do homem. A evidência da Sua assinatura revela-se diariamente na minha relação com Ele e na observação quotidiana do mundo. Basta estar atento e olhar de outra forma. Deus não se esconde: nós é que nem sempre somos capazes de O encontrar.
2 comentários:
É sempre mais fácil escrever a alguém de quem se conhece as feições e o olhar.
Sancho,
Com muito agrado, li o teu texto vejo as tuas inquietações enquanto “crente consolidado”, ao contrário de mim que na crença vacilo bastante.
O que escrevo não é uma resposta, é apenas um ponto de vista, ou melhor, eu vou parafrasear aquilo que já te disse.
Quanto eu sei (por desvios circunstanciais, ando um pouco desligada da História), ao longo da História houve sempre, em alguns momentos, aspectos ou factos que foram forjados de forma a viabilizar fins e isso verificou-se, como sabes, não só nas investigações ditas científicas, mas também nas certezas ditas teológicas.
Creio que essas “supostas teorias” de que falas, pois não foram demonstradas como certezas, não são novidade, a única novidade é utilização dos meios e termos sofisticados; e se impressionam alguém, tenho quase a certeza que não é ao crente…
Também sabemos que, ao longo dos tempos, os dogmas da religião católica foram sempre postos em causa, não só pelos ateus, mas também pelos próprios membros da comunidade católica. Um dos momentos mais relevante da História da Igreja foi sem dúvida no século XVI, com a Reforma e a Contra-Reforma. Muitos preceitos foram questionados e alguns, no caso do protestantismo, foram mesmo revogados: culto às imagens, a virgindade de Maria, o celibato, enfim, e outras invenções posteriores ao cristianismo primitivo. Batalhas sangrentas… por causa da religião.
Para mim é irrelevante que se prove que Jesus teve mulheres e filhos, ou melhor, se o provarem melhor, até dignifica a sua imagem (falo por mim, como é óbvio). Mas é inabalável que ele (Jesus) existiu e que conseguiu desmoronar muralhas, dogmas, preceitos da então tradicional comunidade judaica profundamente religiosa, e sem recorrer à ciência. Foi sem dúvida alguém muito especial.
Falas do livro (romance) de Dan Brown, baseado em teorias que já vêm da idade média, e … de repente fiquei confusa… é um livro de ficção, valha-me… Deus!? : ))
Agora Deus, se Ele existe, acredito que ele já mostrou muitas vezes a sua assinatura através da ciência.
Também, acho eu, tão legítimo um religioso querer demonstrar a existência de Deus, como um ateus querer demonstrar a Sua inexistência.
abraço
e obrigada : )
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